domingo, 2 de dezembro de 2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Foi muito bom...

Queridos amigos ,queridas professoras Cid e Tamar....
Foi muito bom estar com vocês. No começo tudo parecia tão difícil ( ainda é), mas aos poucos fomos aprendendo. Ainda tenho muito que aprender...estaremos juntos nos próximos cursos, se assim Deus permitir. Mando um abraço especial para minha colega de curso Paula que por motivos trabalho não pôde continuar comigo.
Deixo também uma mensagem para todos aqueles que acreditam no valor de um sorriso. Saudades....
Aurea 14/11/2007


sorria
Sorria

Mas não se esconda atrás deste sorriso
Mostre aquilo que você é
Sem medo
Viva
Tente
Felicidade é o resultado desta tentativa
Ame, acima de tudo
Não faça dos defeitos uma distância e, sim uma aproximação
Aceite
A vida
As pessoas
Faça delas a sua razão de viver
Entenda os que pensam diferentemente de você
Não os reprove
Olhe à sua volta, quantos amigos...
Não corra... Para que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você
Sonhe,
Mas não transforme esse sonho em fuga
Acredite!
Espere!
Sempre deve haver uma esperança
Sempre brilhará uma estrela
Chore!
Lute!
Faça aquilo que você gosta
Sinta o que há dentro de você
Ouça... Escute o que as pessoas têm a lhe dizer
É importante
Descubra aquilo de bom dentro de você
Procure acima de tudo amar e ser amado
Eu também vou tentar.

desconhecido

O amor é fogo....



Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões

PROPOSTA DE ATIVIDADE DE LEITURA E ESCRITA


Análise de Proposta de leitura e escrita de textos

Livro: Linguagem Criação e Interação

Autores: Cassia Garcia de Souza e Marcia Paganini Cavéquia

Editora: Saraiva


Unidade: 4

Texto: Pardalzinho - Manuel Bandeira

Capacidades de Leitura:


-Localizar informação explícita no texto


-Reconhecer o efeito de sentido decorrente de determinadas escolhas lexicais;


-Inferir informações implícitas no texto;


-Posicionar-se sobre fatos narrados, a partir de elementos presentes no texto.


-Identificar a finalidade do texto poético


-Localizar a informação principal;


-Reconhecer elementos como o personagem principal;


-Interpretar o texto com auxílio de elementos não-verbais;


PARDALZINHO


O pardalzinho nasceu


Livre. Quebraram-lhe a asa.


Sacha lhe deu uma casa,


Água, comida e carinhos.


Foram cuidados em vão:


A casa era uma prisão,


O pardalzinho morreu.


O corpo Sacha enterrou


No jardim; a alma, essa voou


Para o céu dos passarinhos!


Manuel Bandeira



PROPOSTA A (LEITURA)


1- Ler apenas o título do poema e tentar descobrir qual será o possível assunto do texto;


2- Ler o poema depois de resolvida a primeira atividade e verificar se houve confirmação ou não das hipóteses;



3-Estrutura do texto: Levantamento de vocabulário Análise de rimas Criação de novo poema.


4. Debate em sala de aula: Você concorda com o fato de haver pássaros presos em gaiolas? Por quê?Terminado o debate, o professor deverá organizar grupos para que sejam registradas as conclusões.


5. Pesquisa na Web, Localização de sites quedenunciam maus-tratos a aves. Organização de um arquivode sites deste tipo.


Leitura complementar


Os Poemas São Pássaros que Chegam
(Mário Quintana)
Os poemas são pássaros que chegam


não se sabe de onde e pousam


no livro que lês.


Quando fechas o livro, eles alçam vôo


como de um alçapão.


Eles não têm pouso


nem porto;


alimentam-se um instante em cada


par de mãos e partem.


E olhas, então, essas tuas mãos vazias,


no maravilhado espanto de saberes


que o alimento deles já estava em ti...




Disse a rolinha ao pardal:
"Gostaria de saber
Por que os homens ansiosos
Nunca param de correr!"
Respondeu o pardalzinho:
"Minha amiga, eu penso assim:
Não sabem que o Pai celeste
Cuida de ti e de mim!"

(Autor desconhecido)



Andorinha
(Manuel Bandeira)



Andorinha lá fora está dizendo:


— "Passei o dia à toa, à toa!"


Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais


triste!


Passei a vida à toa, à toa . . .


Aurea 11/2007 SP

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO CIENTÍFICO






AVALIAÇÃO FINAL

Estudar os textos abaixo e produzir um relatório de aproximadamente 20 linhas cada um:
-Se um viajante numa noite de inverno - Ítalo Calvino
-O milagre brasileiro - Fausto Boris
-Podemos conhecer o universo? Reflexões sobre um grão de sal - Carl Sagan
(Aurea- 08/11/2007)

Se um viajante numa noite de inverno - Ítalo Calvino
A leitura, segundo Calvino, deve ser por puro prazer. Ele inclusinve nos ensina diferentes maneiras (posições) para praticá-la. Calvino cria também expectativas e desperta no leitor, uma grande curiosidade pelo que está por vir. Diz Calvino: Você vai começar a ler o novo romance de Italo Calvino, "Se um Viajante numa Noite de Inverno" . Também ele faz com que desenvolvamos um verdadeiro ritual antes da leitura, tais como pedir silêncio, fechar a porta, ir ao banheiro antes, entres outras infinitas coisas. Podemos dizer que Calvino quer que nos preparemos física e psicologicamente antes de começar a leitura trazendo-a como uma ação prazerosa de se realizar. Sem dúvida alguma Italo Calvino possui o dom de convencer, com sua propaganda fabulosa a respeito do seu livro. Ficamos tentados a ir adiante, desvendar mistérios...Assim devemos agir enquanto educador com nossos alunos, fazer uma bela propaganda do livro antes de lê-lo, despertando e chamando nossas crianças para o mundo mágico da leitura.


O milagre brasileiro-Fausto Boris
Durante o período no qual Delfim Netto ocupou a pasta da Fazenda ocorreu o chamado " milagre brasileiro ". Naquela época foi executado um forte controle dos salários que ficou conhecido como "arrocho salarial" e dos preços de todos os produtos industrializados.
Delfim foi, sem dúvida, o Ministro da Fazenda que presidiu o período de crescimento mais acelerado e mais longo da história do Brasil. O político vislumbrou que poderia aproveitar o clima político reinante para obter ali os poderes de que necessitava para modernizar a economia do Brasil. Delfim sugeriu mudanças tributárias e administrativas que alterariam substancialmente o sistema governamental brasileiro e ampliaria o controle da sociedade pelo Estado. Houve uma grande valorização de produtos importados sendo que o que mais vlorizou foi o petróleo. Acreditou-se que o Brasil se beneficiaria com a tecnologia avançada pelos acordos feitos com outros países. No entanto, este "crescimento" favorecia somente o capitalismo, que tinha sob domínio a situação precária do Brasil. O salário do trabalhador não qualificado achatou-se enquanto os empregos em áreas como administração de empreesas e publicidades valorizaram-se de maneira sifnificativa.
É inaceitável a classificação de “milagre” para o crescimento de 1969/73, feita com certa ironia e não sem uma pontinha de tristeza por alguns críticos, inclusive para Boris. “Milagre” é efeito sem causa, um evento extraordinário, inexplicável pelas leis da natureza. O que nos aconteceu está longe de satisfazer tal definição.
Não podemos também nos esquecer que o trabalho destinado ao meio ambiente por muito tempo foi esquecido, dando lugar 'a poluição industrial e dos automóveis .
Boris faz uma dura crítica quanto cita as consequências que sofremos é repetida até agora: “o desenvolvimento se fez à custa de insustentável endividamento externo."
Podemos conhecer o Universo? Reflexões sobre um grão de sal- Carl Sagan
O universo, ao contrário de um grão de sal é gigantesco, porém tanto um quanto o outro possui suas complexidades.
Como poderemos compreender os segredos do universo também sua grandiosidade? O mistério do universo está muito longe de ser desvendado. Carl Sagan afirma que o nosso planeta é um grão de areia solitário na escuridão cósmica envolvente.
Quando falamos de Universo, milhões de leques se abrem por todos os lados assim como as molécula de um grão de sal .
Os cientistas acreditam que a matéria é feita de moléculas. Suponha que você pudesse quebrar um grão de sal cada vez em pedaços menores. Se você pudesse repetir a operação milhões de vezes você finalmente chegaria à menor porção possível de sal, uma partícula de comprimento da ordem de alguns centésimos de milionésimo do centímetro.
O autor faz uma comparação entre o universo e o grão de sal e salienta que apesar da diferença de tamanho, ambos são difíceis de serem compreendidos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Recuperação do Contexto de Produção- O massacre dos gatos

Havia uma diferença de tratamento dispensado entre as duas classes. Os patrões (classe alta) usufruiam de privilégios, ao contrário dos empregados (classe baixa),que eram tratados pior do que os animais (gatos).
(Aurea-08/11/2007)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

ATIV.11 APRECIAÇÃO DOS VALORES ÉTICOS E POLÍTICOS

A esposa sabiamente percebeu que o massacre dos gatos era apenas uma pequena mostra do que poderia acontecer futuramente com ela e o marido.
(Aurea-08/11/2007)

ATIV.10- APRECIAÇÃO DOS VALORES ÉTICOS E POLÍTICOS

Devido à revolta pelas péssimas condições de trabalho os trabalhadores demonstraram suas iras matando os gatos, já que não podiam matar os donos. Usaram portanto os gatos para atingirem os donos.
(Aurea-08/11/2007)

ATIV. 09 APRECIAÇÃO DOS VALORES ÉTICOS E POLÍTICOS

Os trabalhadores fizeram com os gatos o mesmo que queriam fazer com os donos: massacrá-los.
(Aurea 08/11/2007)

ESQUEMA- MURAL DA CIÊNCIA

VERBOS DE INSTRUÇÃO- TABELA


(AUREA-07/11/2007)

gráfico


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

PLANILHA - LEVANTAMENTO DOS VERBOS DE INSTRUÇÕES


Livro escolhido

NOME DO LIVRO: ALP-análise linguagem e pensamento
AUTORES: Maria Fernandes Cócco e Marco Antonio Hailer
EDITORA: FTD S.A
SÉRIE: 6A

Vozes do discurso

O autor utiliza no texto, a linguagem dos contos, como por exemplo: "certa noite", "havia dois aprendizes". O texto está narrado na terceira pessoa.
As vozes presentes no texto são: povo ou seja, operários, as pessoas que compoem a camada fina da sociedade, que são os patrões e a mulher que é a esposa.
(AUREA 05/11/2007)

Situação de produção

Qual é a importância de se saber quem é o autor do livro, data de publicação , sua esfera de circulação e campo de conhecimento que se trabalha ?

É muito importante abordar todas as características acima citadas a fim de se conhecer melhor não só o texto, mas também o autor e suas particularidades. É fundamental que saibamos em que época o texto foi escrito e compará-lo com os acontecimentos da época. É fundamental também, que saibamos qual o tipo de texto estamos lendo e compará-lo também com outros textos, descobrindo entre si suas afinidades. (Aurea 02/11/2007)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Checagem de hipóteses

O texto retrata uma situaçao acontecida em 1730, onde os trabalhadores eram tratados pior que os gatos e recebiam inclusive alimentção inferior. A situação se agravou porque os gatos também atrapalhavam-lhes os sono durante a noite. Planejaram então uma forma de exterminar os animais atingindo o alvo (patrões) com a matança. Os gatos enfim, foram massacrados. ( AUREA-01/11/2007)

Predições: Os trabalhadores se revoltam: o grande massacre de gatos na Rua Saint-Séverin

O título me faz pensar inicialmente que se trata de uma revolta de trabalhadores diante um massacre de gatos numa rua ou bairro de moradores de classe baixa. (Aurea-01/11/2007)

PLANILHA - LEVANTAMENTO DOS VERBOS DE INSTRUÇÕES

.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

LISTA DE PALAVRAS

ESTILO:do Lat. stilu, ponteiro de ferro para escrever
s. m.,
maneira própria, pessoal, de cada um se exprimir, falando ou escrevendo;
feição especial das obras de um artista, de uma época;
costume;
praxe;
hábito;
prática


QUARTO:
do Lat. quartu
num. ord.,
o que numa série de quatro ocupa o último lugar;
s. m.,
cada uma das quatro partes iguais em que se dividiu um todo;
quinze minutos;
compartimento de uma habitação;
tempo durante o qual um soldado está de sentinela;


LEI:
do Lat. lege
s. f.,
norma de carácter imperativo, imposta ao homem, que governa a sua acção e que implica obrigação de obediência e sanção da transgressão (lei positiva);
preceito ou conjunto de preceitos obrigatórios que emanam da autoridade soberana de uma sociedade, do poder legislativo;
conjunto das regras jurídicas estabelecidas pelo legislador;
preceito ou norma de direito moral;
norma social;
regra;


CONSUMIR:
s. m.,
acto ou efeito de consumir;
gasto, saída, extracção, venda (de mercadorias);
totalidade dos bens e serviços consumidos;
procura.
serviço de vigia a bordo, de quatro horas


CENTRO:

do Lat. centru < Gr. kéntron, aguilhão, centro
s. m.,
ponto que se encontra a igual distância de todos os pontos da circunferência ou da superfície da esfera;
ponto que divide ao meio as rectas que, por sua vez, dividem a figura geométrica em duas partes iguais;
o meio de qualquer espaço;
ponto de maior movimento onde alguma acção se exerce com mais intensidade;
ponto em volta do qual se agrupam ou giram objectos, seres, ideias, etc. ;
agrupamento, núcleo;
parte de uma assembleia que fica entre as extremas direitas e esquerdas e geralmente composta pelos membros de ideias moderadas;
assembleia, grupo, reunião de pessoas que se reúnem para o mesmo fim;

(AUREA DE OLIVEIRA 31/10/2007)

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

VERBETE DE DICIONÁRIO

TEMPO -do Lat. tempus s. m., duração limitada, por oposição à ideia de eternidade;período;

O tempo sempre foi tratado como um conceito adquirido por vivência, indefinível em palavras. A concepção do tempo tem sido muito discutida desde o início da cultura ocidental, até hoje.
Platão (427 - 348 a.C.) afirmou que o tempo nasceu quando um ser divino colocou ordem e estruturou o caos primitivo. O tempo tem, portanto, de acordo com Platão, uma origem cosmológica.
O que é Tempo? “Se ninguém me perguntar eu sei o que é, mas se eu desejar explicá-lo a quem me indaga, eu não sei”. Com esta observação, Santo Agostinho (354-430), filósofo de grande influência no pensamento cristão, costumava exprimir o fato de que, apesar do Tempo ser um dos conceitos mais familiares na organização do pensamento e da ação humana, é também um dos mais complexos e sutis. É praticamente impossível definirmos Tempo em termos simples e compeensíveis.

A ESPERA DO TEMPO
A espera esperou o tempo,
mas o tempo não teve tempo para esperar.
E o tempo, meio sem tempo,
correu atrás de sua espera.
E a espera, sempre paciente,
pediu um tempo ao tempo,
para poder melhor pensar.

Mas, o tempo não quis esperar
e foi ao encontro da espera,
sem esperar o tempo certo de chegar.
A espera, sabendo que o tempo
era muito tempestuoso,
pediu-lhe que esperasse
um pouco mais de tempo.

O tempo, ansioso
não agüentava mais esperar
a hora da espera chegar.
Correndo contra o tempo,
o tempo se fez presente,
na espera da espera chegar.

Quando o tempo passou
E a espera chegou,
o tempo, que tinha
todo o tempo do mundo,
ficou calado, mudo.

E a espera, que também
há muito tempo esperava,
no tempo certo, deu-lhe a deixa,
esperando o tempo falar.
E o tempo, da mudez à tagarelice,
o tempo todo se encantou.

E o tempo, que não tinha tempo,
para esperar pela espera,
esperou o tempo certo
pra dizer que por muito tempo
esperava por ela.

E a espera, sapiente que é,
como quase toda mulher,
esperou passar o tempo,
para poder dizer ao tempo,
que por muito tempo,
ela também esperou.

Autor: BERNARDINO C. F. MOTA
AUREA DE OLIVEIRA 26/10/2007

domingo, 21 de outubro de 2007

MICRÓCUS

O micrócus é um micróbio. E como tal não o poderemos ver, a não ser, é claro, por um microscópio. Ele, porém, dificilmente é visto, mesmo através de tal aparelho, pois sua nitidez não tem limite. Detesta aparecer. Quando o empurramos à força, ele fica vermelho e nunca nos olha no rosto. Sua função é trazer até nós uma doença fatal: a microcunésia!!! Pois se ele nos espeta com aquela setinha que carrega na mão, o resultado é terrível, se bem que ninguém saiba exatamente o que é, pois nunca ninguém foi espetado.
Extremamente delicado e atencioso com todos, ele tem seus aposentos nas proximidades do Cerebellum, num quartinho por demais confortável, graciosamente florido, com as flores dispostas com notável bom gosto pelo quarto, em belos vasos sanguíneos. Nesse mesmo quarto, ele arrisca de vez em quando pintar um quadro e, sem nenhuma pretensão, pinta lindos motivos florais de cativante frescura.
Podemos até visitá-lo depois do seu expediente, quando seremos acolhidos com um lanche apetitoso. Se ele não conversa muito, por causa da sua timidez, escuta maravilhosamente – e, principalmente, acredita em tudo o que a gente fala e adora as nossas piadas.
Certa vez, um micrócus se apaixonou por um anticorpo que era freira. Desse amor impossível, resultou a desgraça dos dois. Ela por sua heresia, foi queimada viva numa úlcera, transformando-se em santa e indo para o céu da boca. Ele foi condenado a passar o resto da vida numa prisão de ventre.
Mas, o micrócus mais célebre foi um que conseguiu escalar um homem de dois metros, dos pés à cabeça, em três horas apenas; lá chegando, hasteou, altiva, a bandeira da sua espécie, imortalizando-a para todo o sempre.
(AUREA DE OLIVEIRA 23/10/2007)

sábado, 20 de outubro de 2007

LINGUAGEM METAFÓRICA E LINGUAGEM CIENTÍFICA

A linguagem metafórica usa a substituição de termos , o que torna o entendimento mais difícil ao leitor, que precisa interpretar códigos, interpretar o que existe nas entrelinhas.

Já a linguagem científica, é bem mais clara e precisa, de fácil entendimento para o leitor.


O segundo texto se tornou mais fácil de se compreender pelas palavras objetivas e diretas, justamente o contrário da linguagem metafórica marcadas por códigos como já foi dito anteriormente.

(Aurea de Oliveira 20/10/2007)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

TEXTO DE DOOLING E LANDMAN

(Os olhos enganan), disse ele, um ovo e não uma mesa tipifica corretamente esse planeta inexplorado... Aurea de Oliveira 19/10/2007)

MURAL DA CIÊNCIA - II

O que é Ciência para os outros?
Eugênio Garin :
Considera Ciência uma das maiores atividades humanas que pode ser observada de fora para dentro ou de dentro para fora, contemplando a natureza, trazendo uma nova concepção das relações entre o homem e as coisas, universalizando assim o que parecia específico e localizado.


Newton Freire:

Ciência é um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc, visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em continua ampliação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial (metodologia científica).


Carl Sagan: o astrônomo que popularizou a ciência

Com seu modo de pensar que se difere dos demais, está sempre procurando regularidades, tendo como base a experimentação e a observação cuidadosa e examina o mundo com atitudes e pensamentos críticos.


PARA PAUL DAVIES
- é mais que uma mera catalogação;
- envolve descoberta de princípios que conectam fenômenos naturais;
- pesquisa o porquê do funcionamento das coisas;
- vai além da teoria profunda;
- encontra erros apesar de ser exata;
- descobertas acidentais (historicamente);
- além dos princípios (cultura), caminha junto com a filosofia;
- o pensamento é racional, mas não muda a ordem da natureza;
- a ciência sobrepõe a cultura
(AUREA DE OLIVEIRA 23/10/2007)

LEVANTAMENTO DE HIPÓTESES DO TEXTO DE DOOLING E LANDMAN

De que você acha que o texto trata?
Trata-se de uma viagem pelo mar em busca de novas terras.
Quem são as três irmãs?
As caravelas.
Onde ficam as imensidões tranquilas, os picos e vales turbulentos?
Ficam no mar.
A que se refere o termo gema?
Refere-se à riqueza, ouro.
Quem são as criaturas aladas?
São as gaivotas.
Quem é o herói de que o texto fala?
Pode ser Cristóvão Colombo ou Pedro Álvares Cabral. (AUREA DE OLIVEIRA 19/10/2007)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

MEUS OITO ANOS (CASIMIRO DE ABREU)

Meus Oito Anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

................................

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

Autor: Casimiro de Abreu

Copyright 2001 - Ivo Araújo - Todos os direitos reservados

Capacidades de leitura- Proposta A - Capacidades de leitura - Proposta B - Olivivia, Alessandra e Aurea

Capacidades de leituraProposta A
A leitura a ser desenvolvida já fora levada ao aluno sem uma preparação prévia, onde a leitura assume, nesse contexto, uma mera reprodução de conhecimentos.
1- As três primeiras questões da proposta A exploram apenas a capacidade de: localizar informação explícita no texto, isto porque as questões para serem resolvidas bastava uma leitura sem inferências, pois as respostas estavam claramente contidas no texto.
2- A quarta questão explorou a capacidade de posicionar-se sobre fatos narrados, a partir de elementos presentes no texto, no entanto não foram desenvolvidas outras capacidades para que o leitor pudesse ir construindo seu posicionamento, no caso, a proposta apresenta uma solicitação num momento ainda inadequado.

Capacidades de leituraProposta B·
A primeira questão da proposta desenvolve a capacidade de estabelecer relações entre o texto (Milagre Brasileiro) e outros (entrevista com a família), explorando-se assim a intertextualidade.
A segunda questão desenvolve as capacidades de estabelecer relações entre informações contidas no texto e o contexto histórico geral, tanto no passado quanto no presente; ainda, estabelecer relação de causa e conseqüência entre os episódios narrados.
A terceira questão desenvolve as capacidades de leitura que buscam:
- inferir uma informação implícita no texto: a inferência deveria basear-se em informações globais, pois o texto traz muitas informações que desencadearam o fato, além do necessitar ter o conhecimento do vocábulo “milagre” para encontrar seu sentido figurado no texto;
- o reconhecimento de efeito de sentido decorrente de determinadas escolhas lexicais: “isso foi um milagre”, “isso parecia de fato um milagre”, ou seja, o leitor deveria utilizar dessas expressões para tentar compreender o texto;
- inferir, a partir de elementos presentes no texto, o posicionamento do autor: isto posto que, o leitor deverá perceber o posicionamento do autor, mais claramente no final do texto, onde coloca de maneira até meio irônica seu ponto de vista;
- estabelecer relações entre informações presentes no texto: o leitor deverá perceber que um acontecimento vai dependendo do ao outro gradativamente: chegada da indústria automobilística e crescimento industrial; importação ampliada para atender a demanda interna... ;- estabelecer relações de causa e conseqüência entre os episódios narrados: (no caso, preenchimento da tabela e a pesquisa solicitada): é uma atividade que realmente confirma a compreensão ou não do texto, visto que busca comparar períodos diferentes da história.
AUREA de OLIVEIRA

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Generalizações parciais, seleção e síntese

A sequência correta dos números -subtítulos-parágrafossão:
1,10,11,14,07,09,15,02,06,03,08,12,13,04,5 AUREA DE OLIVEIRA 16/10/2007)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Podemos compreender o Universo?

Estimativas científicas da idade da Terra e do Universo mostram uma tendência consistente para aumentar a uma taxa crescente com o passar do tempo. Esta relação tem sido surpreendentemente consistente durante os últimos três séculos. As implicações disto são, é claro, profundas porque afetam tanto o futuro quanto o passado da história do próprio tempo.
Em cada fase da humanidade, a tentativa de explicar o surgimento do universo precisa tentar dar conta daquilo que se conhece sobre a estrutura do próprio universo. Quando se imaginava a Terra como sendo um disco achatado, coberto por uma cúpula hemisférica, era isso o que precisava ser explicado. Mas o conhecimento sobre o mundo foi mudando.
Não devemos imaginar que a ciência chegou ao seu fim, e que já temos as teorias definitivas sobre o universo. A longa história da ciência nos mostra que nossas teorias mudam sempre, que há sempre descobertas inesperadas à nossa espera nesse universo imenso, e que podemos estar agora tão longe das respostas corretas como os pensadores de cem, duzentos ou dois mil anos atrás. Mas isso não desanima os pesquisadores. Pelo contrário: é exatamente porque falta muito a descobrir que a ciência é tão fascinante. Se não houvesse nada mais de importante para ser investigado, a ciência estaria morta.

Depois de muito pesquisar e estudar pude compreender portanto, que muitas tentativas foram feitas para se compreender a origem de nosso universo. Essa busca existiu em todas as civilizações, em todos os tempos. Mas a forma de buscar essa explicação variou muito. O mito, a filosofia, a religião e a ciência procuraram dar uma resposta às questões fundamentais: O universo existiu sempre, ou teve um início? Se ele teve um início, o que havia antes? Por que o universo é como é? Ele vai ter um fim? (AUREA DE OLIVEIRA 15/10/2007)

domingo, 14 de outubro de 2007

COLEGAS DE CURSO

Gostaria de saber como faço para adicionar meus colegas de curso no meu blog. Aurea 14/10/2007

Definição de senso comum

O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. E para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência. A ciência, curiosamente, depois de cerca de 4 séculos, desde que ela surgiu com seus fundadores, está colocando sérias ameaças à nossa sobrevivência."
(Rubem Alves)

Pessoas, em geral, recorrem a suas próprias observações dos fatos cotidianos para constituir um conjunto de conhecimentos que lhes permita entender, de forma mais ou menos ordenada, como funciona o mundo em que vivem.
Diversos conceitos que temos sobre o mundo, sobre a vida, ou sobre o comportamento das pessoas estão baseados no senso comum. Ele aparece, muitas vezes, na nossa linguagem cotidiana através de uma argumentação semelhante para os mais diversos fenômenos. São frases como: é natural que isto ocorra ou este é o comportamento natural. Assim, criam-se verdades bem estabelecidas na sociedade, mas que são baseadas apenas no senso comum, podem se chocar, inúmeras vezes, com os resultados científicos nos causando grande perplexidade.
Ao introduzir os seus alunos nas atividades científicas será inevitável que eles expressem diversas concepções baseadas no senso comum e que não são adequados ao mundo científico. O que fazer? Esta é uma parte muito importante da aquisição do conhecimento, saber criticar as próprias idéias, perceber as suas falhas, limitações e saber abandoná-las. O maior argumento é que quando o senso comum está equivocado ele nos impede de avançar no conhecimento, de entender o que acontece. Para melhor exemplificar tomemos um caso concreto, o conceito de movimento. Este é um conceito muito importante pois é a primeira coisas que observamos ao olhar o céu, com o tempo tudo muda de lugar! (AUREA DE OLIVEIRA 14/10/2007)

Comentário do trecho do texto Letramento e capacidades de leitura para a cidadania, de Roxane Rojo

COMENTÁRIO
É muito bom e muito importante envolver capacidades discursivas e lingüísticas no momento da leitura. Leitura deve envolver prazer dinamismo e bem estar...Quando lemos adquirimos conhecimento , levantamos e checamos hipóteses, comparamos e viajamos pelo universo.
Tudo começa quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam, e sim a estória. A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê, a criança escuta com prazer. Fascinada pelas delícias da leitura ouvida, ela se volta para aqueles sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los, compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo das delícias que moram no livro!
O professor, no ato de ler para os seus alunos, é o mediador que liga o aluno ao prazer do texto. Sem querer desprezar as aulas de
gramática ou de análise sintática, mas não foram nelas que aprendemos as delícias da literatura.
Ler é prazer puro. Existe uma incompatibilidade total entre a experiência prazerosa de leitura e experiência de leitura mecânica com a triste finalidade de ler a fim de responder questionários de interpretação e compreensão.
A leitura bem dirigida leva o aluno a pensar, refletir, desenvolver o censo crítico, viajar por mundos desconhecidos.
“Analfabeta não é a pessoa que não sabe ler. É a pessoa que, sabendo ler, não gosta de ler.“ ( Mário Quintana). AUREA DE OLIVEIRA 14/10/2007


Definição do fazer científico (Trechos do texto "Podemos conhecer o Universo? Reflexões sobre um grão de sal'')

Ciência é o conhecimento, um sistema de conhecimentos que são obtidos de leis gerais e são testadas através de métodos científicos.
Mas se consultarmos um dicionário podemos dizer: Dicionário Aurélio: Verbete: ciência [Do lat. scientia.] S. f. 1. Conhecimento (3). 2. Saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria. 3. Conjunto organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio: 4. Soma de conhecimentos práticos que servem a um determinado fim: 5. A soma dos conhecimentos humanos considerados em conjunto: 6. Filos. Processo pelo qual o homem se relaciona com a natureza visando à dominação dela em seu próprio benefício. [Atualmente este processo se configura na determinação segundo um método e na expressão em linguagem matemática de leis em que se podem ordenar os fenômenos naturais, do que resulta a possibilidade de, com rigor, classificá-los e controlá-los.

Para Newton Freire-Maia, Ciência é um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc, visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em continua ampliação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial (metodologia científica).
Leonardo Da Vinci diz que na ciência da natureza, como na ciência do pintor, o homem "artífice", deve descobrir o segredo da "artificiosa natureza", o que corresponde a caminhar da visão superficial para as "razões" da experiência e para a "necessidade" que liga os efeitos às causas, de forma a integrar-se ele próprio à causa. Integram-se assim, na sua "razão" criadora, as "razões" da experiência e as necessidades matemáticas que o olho da mente encontra ultrapassando o olho do sentido
Podemos perceber portanto, que a questão da natureza da ciência pode ser respondida sob diferentes pontos de vista.
Com minhas palavras, digo que Ciência é o conhecimento, um sistema de conhecimentos que são obtidos de leis gerais e são testadas através de métodos científicos. AUREA DE OLIVEIRA 14/10/2007

sábado, 13 de outubro de 2007

Avaliação do Primeiro mês do curso.

O primeiro mês de curso foi muito importante para que conhecêssemos uns aos outros e também adquiríssemos mais intimidade com o computador. Falo principalmente por mim, pois nao sabia como abrir um blog, postar relatos, interagir, etc.... Espero poder contribuir para o bom desempenho do grupo respeitando os colegas e esperando a minha hora de participar.
Tenho tentado acompanhar o processo de trabalho em grupo, identificando aspectos positivos a serem reforçados e fragilidades que necessitem de reforço para o desenvolvimento de habilidades necessárias ao trabalho efetivo do grupo. Quero e acredito que vou evoluir cada vez mais.
O material de aprendizagem é muito rico e muito tem colaborado para que nossas aulas sejam bastante produtivas. Permaneço atenta à necessidade de pesquisa complementar para enriquecer minha aprendizagem. Compartilho com os materiais de aprendizagem oferecidos pelas minhas professoras (Tamar e Cid) e tento interagir com o grupo todo com o intuito de trocar conhecimentos.
Os aluno estao construindo em conjunto uma árvore temática no encontro de resolução do problema, que deve ser entregue acredito eu, aos nossos professores acima citados ao final do curso. Aurea de Oliveira 13/10/2007 (Por favor nao reparem a falta de acentuaçao nas palavras, meu teclado esta desconfigurado...grata...Aurea)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

MURAL DA CIÊNCIA O QUE É CIÊNCIA?

Língua Portuguesa é sinal de sobrevivência

Nas entrelinhas da história do português no Brasil, nossa língua abre caminho para explorações científicas e serve como instrumento de liberdade.

Atividade 1- O que é ciência na área de Linguagem e Códigos.
Ciência ao meu modo de ver é encontrar o verdadeiro sentido das coisas através das conversas, leituras, debates, seminários,pesquisas etc. É um conjunto de verdades certas, é um conhecimento certo das coisas por suas causas ou por seus princípios. Na área de códigos e linguagens, isto é feito através das diversas leituras e interpretações de textos verbais ou escritos. É um conjunto organizado de conhecimentos que se obtém através de leituras, de estudos; instrução, erudição. Conhecimento prático para uma dada final. é o saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria. É a soma dos conhecimentos humanos considerados em conjunto,processo pelo qual o homem se relaciona com a natureza visando à dominação dela em seu próprio benefício.
Postado AUREA DE OLIVEIRA 10/11/2007
Análise das Propostas A e B.

Leitura do texto “O MILAGRE BRASILEIRO”
Ao analisar as duas propostas, pude concluir que o professor que trabalhou corretamente foi o da proposta B. Ele induziu o aluno a refletir, discutir e defender seu ponto de vista. Conversou com seus familiares e trouxe consigo sua bagagem de conhecimentos.
É sem dúvida alguma, uma atividade muito rica e bem elaborada, o aluno comparou épocas, refletiu sobre o mundo e suas transformações.

Para solucionar a resposta da questão A, o aluno deveria apenas ter a capacidade de localizar e copiar. Ao realizar a atividade dessa forma, não precisou refletir para responder, uma vez que ele simplesmente leu o texto e respondeu mecanicamente com elementos contidos no mesmo, sem utilizar seu conhecimento de vida e de mundo.
O professor jamais poderia trabalhar dessa forma, tão abreviado, sem nem mesmo estabelecer os pré-objetivos para a aula.

AUREA DE OLIVEIRA 10/10/2007

domingo, 7 de outubro de 2007

espere....

Cid....meu teclado esta desconfigurado...sem acento nas palavras...assim fica ruim escrever....Na escola eu respondo Aurea 07/10/2007...corrigindo erros

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Gêneros que circulam na área de LCT

GÊNEROS DISCURSIVOS QUE CIRCULAM NA ÁREA DE LINGUAGEM E CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

A área de Linguagem e Códigos e suas Tecnologias atende a quase todos os gêneros, explorando conteúdos e metalinguagens. O livro didático é o recurso principal. Nele contém textos de gêneros discursivos, tais como poéticos, jornalísticos, receita, verbete, contos, romances, narrativas, artigo de opinião, seminário, carta ao leitor, diálogo, argumentativo entre outros. Os alunos gostam muito do artigo de opinião, pois podem manifestar seus diferentes pontos de vista ao falarem dos temas polêmicos. Ao produzirem textos dissertativos, encontram dificuldade pois muitas vezes não conhecem o tema proposto e consequentemente acabam não tendo os argumentos necessários. Surge então, a necessidade de trabalhar a interdisciplinaridade onde as demais áreas poderão contribuir com a alimentação temática. AUREA DE OLIVEIRA – 02/10/2007

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Atividade 2 Gêneros, objetivos e capacidades envolvidos na compreensão e produção de textos. - a) item 1

a) Item 1- Que conhecimentos e capacidades, competências ou habilidades os alunos deveriam ter desenvolvido para que pudessem responder corretamente esta questão?
  • Checagem de hipóteses
  • Comparação de informações
  • Generalização
  • Produção de inferências locais
  • Produção de inferências globais

Aurea de Oliveira e Paula Regina

26/09/2007

Ler e escrever deve ser umcompromisso de todas as áreas?

Sim, todo professor, independente da área em que atua deve dominar a leitura e a escrita para que possa realizar um trabalho de qualidade.
Aurea de Oliveira


Sim, pois como educadores todos temos a obrigação de zelar pela competência leitora de nossos alunos, independente da área de atuação.
Paula Regina
12/09/2007


Sim, pois a capacidade de leitura e escrita supõe uma relação com a cultura, com a história, com o social e com a linguagem que é atravessada pela reflexão e crítica. O que deve fazer parte do cabedal de todo educador.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Do que depende a compreensão de um texto?

A compreensão de um texto depende do conhecimento prévio que o leitor traz consigo, do seu nível sócio-cultural, sua concentração, da sua prática de leitura, etc.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Para você, o que é texto?

Texto é a organização de uma idéia colocada em prática.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Boletim de Avaliação de Alunos

Boletim de Avaliação de Alunos




Notas do Interior são maiores do que da Grande SPFonte: Diário de São Paulo (26/02/07)Em todas as séries, do 1º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio, o desempenho das escolas estaduais da região metropolitana de São Paulo é pior do que o resultado das unidades do Interior; segundo as notas médias do último Saresp. A maior diferença foi verificada em português, na 1ª série do ensino fundamental, estágio em que o aluno do Interior (Litoral, inclusive) da rede ficou com média 10,7% superior ao colega da Grande SP.Para professores, no Interior, há mais participação da comunidade na vida da escola. Para a Secretaria Estadual de Educação (SEE), quatro hipóteses ajudam a explicar o melhor resultado dos alunos interioranos: os tamanhos das escolas; das turmas, a taxa de abandono e a localização geográfica combinada com o grau de vulnerabilidade dos jovens.As duas primeiras têm relação com a maior demanda da Grande SP, onde a pasta ainda não conseguiu extinguir o turno da fome, período intermediário de aula. que coincide com a hora do almoço e reduz o tempo de estudo na escola.Abandono menor no Interior, diz a SEE, há mais escolas de menor porte, com menos alunos e, em geral, menor taxa de abandono, que em 2005 ficou em 1,8% no fundamental e 7% no ensino médio.A pasta não divulgou taxas de abandono por regiões. Outra explicação: quanto maior o grau de vulnerabilidade juvenil pior o desempenho no Saresp. A maior parte dos alunos da Capital e arredores estuda em locais de vulnerabilidade média ou alta. O pior desempenho da Grande SP, de certa forma, explica o porquê de o governo Serra dar prioridade às escolas da Capital na implantação de um auxiliar para o professor de 1ª série: só 3027 classes da Capital receberão o auxiliar em 2007."Obviamente, (os maus resultados do Saresp) têm a ver com a alfabetização. Os alunos não entendem os problemas. Fizemos um exame com eles e não sabiam o que era a palavra perímetro", diz Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, que oferece bolsas de estudo a alunos da rede estadual.









OR EST PESQUISA
OF
--
N
100
OF
1
--
N
095
---
--
--
-
---
---
--
--
-
---


098

HORA DA LEITURA
OF
1
N
095
OF
--
--
N
100
---
--
--
-
---
---
--
--
-
---


097

EXP MATEMATICAS
OF
--
N
100
OF
--
--
N
100
---
--
--
-
---
---
--
--
-
---


100

SAUDE QUAL VIDA
OF
3
N
090
OF
1
--
N
097
---
--
--
-
---
---
--
--
-
---


093

EMPREEND SOCIAL
OF
--
N
100
OF
4
--
N
080
---
--
--
-
---
---
--
--
-
---


090

AA TEATRO
OF
1
N
097
OF
2
--
N
093
---
--
--
-
---
---
--
--
-
---


095

AEM ESPORTE
OF
2
N
093
OF
1
--
N
097
---
--
--
-
---
---
--
--
-
---


095


























Escala de Avaliação
Legendas
RESULTADO FINAL
OBS: As avaliações e freqüências acima se referem somente à Escola citada. No caso de transferências, o aluno deve recuperar pela Escola a que cursava. A disciplina Ensino Religioso não é considerada para fins de prosseguimento de estudos.
NOTAS DE 0 ATE 10 COM INCREMENTO DE 1
1 - Aprovado (a) 3 - Retido (a) por Freqüência Insuficiente4 - Retido (a) por Rendimento InsuficienteAC - Ausências CompensadasPR - Participou da Recuperação








Protocolo de Boletim de Resultados de Avaliações

Recebi o Boletim de Resultados de Avaliações e declaro estar ciente das avaliações e faltas obtidas pelo (a) meu (minha) filho (a), nesta Escola e ano letivo até a presente data.


Aluno(a):
ADRIELI DE PAULA ROZ CANOS

R.A.:
000048916577 1 SP
Curso:
ENSINO FUNDAMENTAL
8. SERIE

Turma:
A
No.
1
Turno:
INTEGRAL



Assinatura do Pai ou responsável:
São Paulo, ________/________/________
Período: 2º BIMESTRE



Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Charge Jornalística

Charge Jornalística

A CHARGE COMO MANIFESTAÇÃO IDEOLÓGICA
Olga Moreira de Sousa, Orientador: Edilene Maria de Oliveira, (área de
concentração: Língua Portuguesa).
A charge jornalística se caracteriza por ser um texto visual humorístico e
opinativo, que critica um personagem ou fato político específico. Fundamenta-se
em um quadro teórico atual, envolvendo princípios da Análise do Discurso da
Lingüística Textual. Sua construção baseia-se na remissão a um universo textual
geralmente dado pelo próprio jornal. As charges jornalísticas mantêm relações
intertextuais com textos verbais, visuais e verbais e visuais conjuntamente. O que
torna singular é a demonstração perspicaz da propriedade carnavalesca da charge
de congregar, num jogo polifônico, o verso e o reverso do que tematiza. Dessa
maneira o chargista, através do desenho e da língua, utiliza o humor para
destronar os poderosos e buscar o que está oculto em fatos, personagens e ações
políticas. Ele transmite o objeto da charge pela intertextualidade com os textos
publicados no próprio jornal. A polifonia, a ambivalência e o humor do texto
chárgico fazem com que ele afirme e negue, eleve e rebaixe ao mesmo tempo,
obrigando o leitor a refletir sobre fatos e personagens do mundo político, uma vez
que põe a nu aquilo que está oculto por trás deles. A charge é um tipo de texto
que atrai o leitor, pois, enquanto imagem, é de rápida leitura, transmitindo
múltiplas informações de forma rápida. O leitor do texto chárgico, tem que ser um
indivíduo bem informado para que ele compreenda e capte o teor crítico da
charge. A charge, portanto, serve de estímulo à leitura das notícias, editoriais,
opiniões assinadas. Ela tem o objetivo de persuadir, influenciar ideologicamente o
imaginário do interlocutor, pois, o homem é um doente de imagem; ele se nutre do
real pelo imaginário. Conclui-se que a charge faz crer na capacidade humana de
não assujeitamento cego às restrições impostas por valores convencionalizados, a
despeito das pressões institucionais a que os sujeitos estão expostos. Assim, a
charge se mostra como um poderoso instrumento de crítica, devendo ter um lugar
privilegiado nas instituições jornalísticas que defendem o discurso pluralista.
PALAVRAS CHAVES: Charge; Análise do Discurso; Intertextualidade
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Romance Policial

Romance Policial

DUBITO ERGO SUM
Páginas de Ceticismo


A ESTRUTURA DO ROMANCE POLICIAL:uma introdução
Adriana Maria Almeida de Freitas

Vários autores tentaram sistematizar as regras do romance policial. François Fosca, em Histoire et technique du roman policier[1] fez a seguinte síntese: parte-se de um caso aparentemente inexplicável; uma (ou mais) personagem é culpada injustamente , a partir de índices superficiais; o analista (detetive) observa, raciocina e derruba as teorias apressadas; a solução do caso é sempre coerente e imprevista; quanto mais extraordinário for o mistério, mais fácil será sua resolução (como, por exemplo n’ Os crimes da Rua Morgue); o que permanece no final é sempre a solução correta.
De fato, o antológico Dupin utiliza o método hipotético-dedutivo, partindo dos fatos, chegando a uma teoria provisória que lhe possibilita voltar aos fatos para verificar se tudo foi explicado. Ao término dessa etapa, a investigação é encerrada e, em seguida, o culpado é desmascarado.
Para o detetive não há, pois, obstáculo intransponível: ele é infalível e sua função é desvelar a trama arquitetada. No romance policial clássico, se o detetive porventura se enganar, isto é atribuído à baixa qualidade da história, pois não há mistério capaz de derrotar um verdadeiro detetive-analista.
Assim, o detetive aparece sempre como uma figura excêntrica, dotada de uma enorme superioridade intelectual, bastante cerebral, solteiro, cheio de manias e incapaz de amar.

Se a rotina de vida que ali levávamos viesse a ser conhecida do mundo, ter-nos-iam como doidos – ou, talvez, por simples malucos inofensivos... Nossa reclusão era completa. Não recebíamos visitas.
Em tais ocasiões, não podia deixar eu de notar e de admirar em Dupin certa habilidade analítica peculiar. Parecia, também, sentir acre prazer no exercitá-lo, senão mais exatamente em exibi-la, e não hesitava em confessar a satisfação que disso lhe provinha.[2]

Dupin só mostrava amor e fascínio pela noite, pela leitura, escrita e passeio pelas ruas, o que contribuía para delinear seu perfil excêntrico.
O romance policial busca a mais completa verossimilhança. Trabalha prioritariamente com índices materiais, renegando os psicológicos; dissipa o imaginário, o poético, tentando deixar de lado as instabilidades do coração em prol do exercício racional.
Tal exercício racional pode incluir o aproveitamento de informações jornalísticas para desvendar crimes. Em “O mistério de Marie Roget”[3], de Edgar Allan Poe, esse procedimento funciona inclusive como estruturador da narrativa. O personagem-detetive analisa as versões dos jornais – fundamentalmente equivocadas ou manipuladoras – acerca de aspectos ainda não elucidados do crime (momento, motivo, assassino).
No curso da narrativa de Poe, expõe-se não só a relação do indivíduo com a massa e o mecanismo de proteção que o aglomerado urbano oferece pela via do anonimato, como também o poder dos jornais em sua interação com esse público difuso. Com efeito, no texto está claro que os jornais, ao mesmo tempo em que podem conferir notoriedade a componentes quase invisíveis na multidão e na própria sociedade (Marie Roget era uma Grisette que trabalhava numa loja de perfumes), arrogam-se uma legitimidade que lhes permite levantar hipóteses pretensamente científicas acerca das circunstâncias do crime.

(...) Os jornais se apoderaram [grifo nosso] imediatamente do assunto e a polícia se aprestava a fazer sérias investigações quando, uma bela manhã... (p.95)
(...) Como o tempo passasse sem que viessem descobertas, mil rumores contraditórios circulavam, ocupando-se os jornalistas em sugestões. (p.99)
(...) Desse modo, o jornal tentava criar a impressão [grifo nosso] de uma apatia por parte dos parentes de Maria... (p.100)
(...) Devemos recordar-nos de que, em geral, o objetivo de nossos jornais é antes criar uma sensação, lavrar um tento, que favorecer a causa da verdade. Este último fim só é visado quando parece coincidir com os primeiros. O órgão da imprensa que simplesmente se ajusta às opiniões comuns (por mais bem fundadas que possam essas opiniões ser) adquire para si o descrédito da população. A massa popular olha como profundo apenas quem lhe sugere contradições agudas das idéias generalizadas. Na lógica, não menos do que na literatura, é o epigrama que se torna mais imediato e mais universalmente apreciado. E em ambas está na mais baixa ordem de merecimento. (p.104)[4]

Esse último fragmento transcrito da obra de Poe encerra tanto uma crítica acerca da relação da imprensa com a opinião pública, quanto, no contexto da narrativa, o desvelamento de uma pretensão pseudocientífica que fundamentava as opiniões dos jornalistas sobre o caso. Não escapam também à hábil tessitura de Poe, o senso de competição entre os jornais, cuja força-motriz seria a perniciosa aliança entre a vaidade dos jornalistas e a intenção de venda do próprio jornal, e a própria onipresença do valor do dinheiro nas reiteradas referências ao oferecimento de uma recompensa por informações prestadas sobre o caso.
Em geral, o narrador de romance policial apresenta o caso inserindo na história uma dose tal de terror que paralisa a reflexão e o leitor fica ansioso, pedindo ajuda, visto que sozinho se sente incapaz de solucionar o mistério. Nesse momento, o detetive entra em cena com o objetivo de resgatar “a verdade”. A partir de então, o leitor prende-se à narrativa pela curiosidade que ela proporciona, sempre na expectativa de que haja um desfecho satisfatório.
Tal curiosidade suscitada é muito diferente daquela já vista no romance romântico, pois aqui, no policial, ela se alia ao medo, artisticamente modulado.
Nesses termos, o detetive vira uma espécie de herói e o público passa a desejar que ele reapareça em outras narrativas. A matriz das séries contemporâneas é, então, o romance policial. Conan Doyle, por exemplo, precisou ressuscitar Sherlock Holmes para atender às exigências do público[5]. Esta sensível inclinação ao sucesso, possibilitou a exploração comercial do romance policial em larga escala. O gênero habilmente trabalhado por Edgar Allan Poe vulgariza-se e passa a ser escravo das regras do mercado nas quais o que vale não é a escrita, mas sim a invenção da história.
Conan Doyle lançou mão do maquiavelismo no romance policial. O assassino exerce um papel de agente da história desde o inicio: manobra o inimigo, faz tudo para disfarçar o crime, introduz falsos índices, suprime testemunhas incômodas, entre outras iniciativas. Doyle também se utiliza do então emergente conhecimento da medicina legal. Sherlock Holmes é o primeiro detetive realmente cientifico. Ele era capaz de descobrir a origem de uma mancha de lama; a natureza de um tabaco; tipo de pneu, além de fazer exame grafológico e outros.
Tais mecanismos, cada vez mais sofisticados, começaram a criar problemas na relação do leitor com o romance policial: ao contrário do que acontecia com os romances mais comerciais, o fruidor agora se sentia incapaz de desvendar o mistério. O romance jogo surge então para tentar prender a atenção do público, colocando-o diante de uma charada. Van Dine[6], em 1928, chegou inclusive a sistematizar as regras necessárias a este tipo de romance: leitor e detetive devem ter a mesma oportunidade de desvendar o mistério; o narrador não deve lançar mão de truques e tapeação, além dos já utilizados pelo criminoso; não pode haver intriga amorosa para não atrapalhar o problema intelectual; o criminoso não pode ser descoberto através de suborno proposto pelo detetive ou pela polícia; sempre há um cadáver para causar horror e desejo de vingança; o mistério deve ser descoberto por meios realistas; só pode haver um detetive, caso contrário, o leitor ficaria em desvantagem; o culpado dever ser um dos personagens da história, que o leitor conheça e que desperte interesse; o culpado não pode estar entre os empregados domésticos; só pode haver um culpado; o mistério deve estar evidenciado desde o início, de modo que uma releitura possa mostrar ao leitor o quanto ele foi desatento se comparado ao detetive; o romance deve ser verossímil, mas não cheio de descrições, visto que se trata de um jogo; o criminoso não deve ser um profissional.
Por fim, Van Dine enumera uma série de macetes desprovidos de originalidade que não devem pois, aparecer de modo algum: identificação do culpado através de uma ponta de cigarro; confissão realizada em sessão espírita; falsas impressões digitais; álibi constituído por um manequim; cão que não late revelando que o assassino é familiar; apresentação de um irmão gêmeo como culpado; utilização de soro da verdade; associação de palavras para descobrir o culpado; decifração de um criptograma.
É claro que a validade destas regras é bastante questionável. Inúmeros romances policiais clássicos e contemporâneos têm, na pratica, desmentido algumas delas. Exemplo marcante em muitas histórias policiais são a recorrência de intrigas amorosas; a existência de mais de um investigador (os famosos auxiliares); empregados domésticos aparecendo como culpados;a existência de vários culpados (Assassinato no Expresso Oriente, de Agatha Christie); entre outras contradições.
O romance jogo tem os seus limites, uma vez que é impossível extrair completamente o humano e o sensível do romance policial. A obra de Agatha Christie é um bom exemplo disto. Com o detetive Hercule Poirot, A . Christie propôs ao leitor uma série de jogos. O leitor era desafiado a “matar a charada” e descobrir o culpado.
Em Assassinato no Expresso Oriente[7], de 1933, por exemplo, os capítulos são organizados numa seqüência lógica que desafia o leitor. O livro se divide em três partes: “Os fatos”; “Os testemunhos”; “Hercule Poirot pára para pensar”. Na primeira parte, o problema é apresentado: ocorre um crime misterioso dentro de um trem. Quem seria o culpado? Hercule Poirot, o clássico detetive dotado de inteligência superior fica encarregado de descobrir o criminoso. Na segunda parte, Poirot toma o depoimento de todos os passageiros, as pistas começam a aparecer. No entanto, todos os suspeitos em potencial possuem álibis, o que dificulta bastante a resolução do problema.
Mesmo auxiliado pela planta do trem, desenhada no livro, e por uma série de esquemas e sínteses que Poirot vai rascunhando ao longo da investigação, o leitor não consegue montar o quebra-cabeça e desvelar o criminoso. Dessa forma, a terceira e última parte consiste numa espécie de tributo à inteligência dos detetives, em geral, e de Poirot, em especial. A própria denominação desta parte é reveladora: “Hercule Poirot pára para pensar”. É exatamente do raciocínio de Poirot que sairá a resposta. O diretor da estrada de ferro, Bouc, e o médico, Constantine, que foram companheiros de investigação de Poirot, pareciam desanimados com a falta de pistas claras. Observemos o que diz Bouc a Poirot após o término dos depoimentos e o que Poirot lhe responde:

- Lê voilà! – exclamou, ao ver o detetive – Se resolver este caso; mon cher, eu passarei a acreditar em milagres! (...). não consigo distinguir o princípio do fim.
- É isto que torna o caso tão interessante para mim – comentou Poirot, - Todos os caminhos normais nos foram cortados. Será que essa gente diz a verdade ou está mentindo? Não temos como saber. Tudo se resume em exercício mental[8].

É através da utilização do raciocínio que Poirot consegue resgatar cada parte do quebra-cabeça e chegar à solução do problema. O crime fora cometido, na verdade, por doze pessoas! Apesar de genial, o plano conseguiu ser desvendado pela inteligência superior de Poirot, que foi analisando algumas pistas deixadas. Ao final, concluiu que os doze assassinos construíram álibis mutuamente.
O romance jogo constitui, em suma, uma forte vertente do romance policial. Todavia, seus limites fizeram com que até mesmo Agatha Christie abandonasse tal vertente e passasse a trabalhar mais o lado psicológico dos personagens, num segundo momento.
Raymond Chandler em seus estudos L’ art d’ assassiner ou la moindre des choses (1944) e Quelques remarques sur le roman policier (1949), preocupado com as referidas limitações, introduz, profeticamente, a seguinte reflexão:

D. Sayers tentou tomar uma decisão entre o romance policial e o romance de costume, conservando o elemento policial. Ela tentou passar... dos que sabem construir uma história, mas não sabem escrever, aos que sabem escrever, mas que, muito freqüentemente, são incapazes de construir uma história... Ela não fez senão passar de um gênero popular a outro. Não quero crer que isso seja impossível e que, em algum lugar (não serei talvez eu), que se chegue a escrever um romance que, conservando ostensivamente seu elemento de mistério e sabor picante que isso traz, será realmente um romance psicológico e de atmosfera, onde terão papel a violência e o medo[9].

A grande arte, de Rubem Fonseca, possui exatamente essa marca. É híbrido e não se restringe a qualquer fronteira. Mescla também suspense, sexo, violência e inúmeros elementos extraídos da cultura pop. Essa obra integra, no meu entendimento, a linha da literatura brasileira contemporânea que está sendo privilegiada em meu projeto de tese.
Tal transgressão das fronteiras do romance policial stricto sensu foi duramente criticada por Boileau e Narcejac:

(...) Eis porque esses “híbridos” nunca dão toda a satisfação. Põem em cena dois talentos diferentes que tendem a prejudicar-se reciprocamente. No romance policial comum, a identificação do leitor com o herói é total (...). Pelo contrário, no romance policial estabelece-se, como se diz, um certo “distanciamento” entre o leitor e o personagem, porque sempre se esperou a continuação e o lance teatral final. Quando se lê um romance, é o presente que conta. Quando se lê um romance policial, é o futuro que importa, mesmo e sobretudo se se trata de um suspense. Duas ópticas! Dois tipos de leitura! E é arriscada toda tentativa de mistura[10].

Trata-se de um ponto de vista questionável, já que na mesma obra de que esta citação foi extraída, Boileau e Narcejac sistematizaram vários caminhos trilhados pelo romance policial desde Edgar Allan Poe, ressaltando que o romance policial, ao longo do tempo, apresenta-se de forma variada – todas elas já latentes na origem do gênero.
Essa discussão torna-se ainda mais controvertida se introduzirmos algumas considerações feitas por Todorov, em seu estudo intitulado “Tipologia do Romance Policial”:

(...) o romance policial tem sua normas; fazer “melhor” do que elas pedem é ao mesmo tempo fazer “pior”: quem quer “embelezar” o romance policial faz “literatura”. Não romance policial. O romance policial por excelência não é aquele que transgride as regras do gênero, mas o que a elas se adapta (...) o melhor romance será aquele do qual não se tem nada a dizer (...) não se pode medir com as mesmas medidas a “grande” arte e a arte “popular”[11].

Na verdade, esta afirmativa pode ser relativizada, pois o próprio autor aponta uma subdivisão do gênero policial (e uma conseqüente variação de regras) em romance policial clássico ou de enigma, romance negro e romance de suspense; somam-se ainda as variações temporais e sociais. Não está sendo abandonada, no entanto, a idéia de que realmente o policial possui alguns elementos que não devem ser adulterados, dentre tais, o exercício da razão; a existência de, no mínimo duas historias; a imunidade do detetive; o trabalho com o suspense e o mistério em torno de um crime.

BIBLIOGRAFIA
ALBUQUERQUE, Paulo de Medeiros e. O mundo emocionante do romance policial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e estética: a teoria do romance. São Paulo: Unesp/Hucitec, 1988.
BENJAMIN. Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Trad. José M. Barbosa, Hemerson A. Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989.
______. “O narrador”. In:_____. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BOILEAU-NARCEJAC. O romance policial. São Paulo: Ática, 1991
CANDIDO, Antônio.”A personagem do romance”. In:____ et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1968.
FONSECA, Rubem. A grande arte. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.
HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo. Rio de Janeiro: Imago, 1991
JAMESON, Fredric. “Pós-Modernidade e Sociedade de Consumo”. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n° 12, pp.16-26, jun. 1985.
LIMA, Luiz Costa. Mímesis e modernidade: formas das sombras. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. Lisboa: Editorial Presença, 1962
POE, Edgar Allan. Ficção completa, poesia e ensaios. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981.
ROSENFELD, Anatol. “Literatura e personagem”.In:____. et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1968.
SILVA, Vítor Manuel Aguiar e. “O romance”. In:_____. Teoria da Literatura. Lisboa: Almedina, 1982.
SODRÉ, Muniz. Best-seller: a literatura de mercado. São Paulo: Ática, 1985.
TODOROV, Tzvedan. “Tipologia do romance policial”. In:____. As estruturas narrativas. São Paulo: Perspectivas. 1970.
NOTAS
[1] Apud BOILEAU-NARCEJAC (1991)
[2] POE, E. A. (1981) p.68
[3] POE, E. A. (1981)
[4] POE, E.A. (1981)
[5] BOILEAU-NARCEJAC (1991) p.27
[6] Apud ibid., p.38 e ALBURQUERQUE, P. M. (1979) p.23-55
[7] CHRISTIE, A. (s. d.)
[8] CHRIS,A. p.143
[9] Apud, BOILEAU-NARCEJAC (1991) p.63
[10] Ibid., p.83
[11] TODOROV, T. (1970) p.25
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Relato de Experiência Científica

Relato de Experiência Científica

A SITUAÇÃO COMUNICATIVA DO GÊNERO RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Jocília Rodrigues da Silva (UFBP)
Poliana Dayse Vasconcelos Leitão (UFPB)
1. INTRODUÇÃO
Para transformar as atuais práticas de ensino-aprendizagem da língua materna faz-se necessário adotar a noção de gênero, visto que os gêneros textuais articulam as práticas sociais e os objetos escolares, constituindo-se em instrumentos privilegiados para o desenvolvimento das capacidades necessárias à compreensão/ produção oral e escrita dos mais variados textos existentes, pois, como afirmam muitos estudiosos, aprender a falar, ler e escrever é, principalmente, aprender a compreender e produzir enunciados através de gêneros. Entretanto, em virtude de o trabalho com esta noção ser ainda recente e estar se expandindo, verifica-se a necessidade de pesquisas voltadas para a descrição dos gêneros e para a intervenção, com vistas ao desenvolvimento das habilidades para apropriação de gêneros.
Tendo em vista tal necessidade, pretendemos esboçar um modelo escolar de relato de experiência, que favoreça, sobretudo, a formação de professores. Nesse sentido, a pesquisa sobre a descrição dos gêneros se torna imprescindível e anterior a qualquer projeto de intervenção didática, pois segundo Schneuwly & Dolz (1997), o gênero trabalhado como objeto de ensino-aprendizagem é sempre uma variação do gênero de referência.
Com essa visão, o presente trabalho tem por objetivo reunir elementos para a descrição do gênero relato de experiência, observando o nível da situação de ação de linguagem, isto é, a situação comunicativa em que os textos pertencentes a esse gênero são produzidos. O corpus deste trabalho está constituído de 15 relatos de experiência, sendo 05 relatos da revista Leitura: Teoria e Prática, 05 da revista Psicopedagogia e 05 da revista Linha D’água.
2. SITUANDO O RELATO DE EXPERIÊNCIA NOS AGRUPAMENTOS DOS GÊNEROS
De acordo Schneuwly (1998:04), o termo gênero, advindo da retórica e da literatura, ganhou extensão na obra de Bakhtin (1979), que define gênero como sendo tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados em cada esfera de troca (lugar social dos interlocutores), os quais são caracterizados pelo conteúdo temático, estilo e construção composicional, e escolhidos em função de uma situação definida por alguns parâmetros (finalidade, destinatários, conteúdo). Ou seja, os gêneros do discurso seriam formas de dizer sócio-historicamente cristalizadas provenientes das necessidades produzidas em diferentes lugares sociais da comunicação humana.
Como afirmam Santos & Barbosa (1999: 04), a noção de gênero considera, além dos elementos da ordem do social e do histórico, aspectos estruturais do texto, situação de produção e forma de dizer. Esta noção de gênero vem sendo adotada para o processo de ensino/ aprendizagem de língua materna, favorecendo uma melhor produção e compreensão de textos orais e escritos, através da seleção que oriente as propostas curriculares, definindo princípios, delimitando objetivos, conteúdos e atividades (Santos & Barbosa, op.cit. p. 05).
Dolz & Schneuwly (1996), vislumbrando o processo ensino/aprendizagem, propuseram cinco agrupamentos de gêneros com base em três critérios: domínio social da comunicação a que pertencem; capacidades de linguagem envolvidas na produção e compreensão desses gêneros e sua tipologia geral. São eles:
a) Agrupamento da ordem do narrar – envolve os gêneros cujo domínio é o da cultura literária ficcional, marcados pela manifestação estética e caracterizados pela mimesis da ação através da criação, da intriga no domínio do verossímil.. Exemplos: contos de fada, fábulas, lendas, narrativas de aventura, de enigma, ficção científica, crônica literária, romance, entre outros.
b) Agrupamento da ordem do relatar – comporta os gêneros pertencentes ao domínio social da memorização e documentação das experiências humanas, situando-as no tempo. Exemplos: relato de experiências vividas, diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas, relatos históricos, biografias, autobiografias, testemunhos etc.
c) Agrupamento da ordem do argumentar – inclui os gêneros relacionados ao domínio social da discussão de assuntos sociais controversos, objetivando um entendimento e um posicionamento frente a eles, exigindo para tanto, sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição. Exemplos: textos de opinião, diálogos argumentativos, cartas de leitor, cartas de reclamação, cartas de solicitação, debates regrados, editoriais, requerimentos, ensaios argumentativos, resenhas críticas, artigos assinados, entre outros.
d) Agrupamento da ordem do expor – engloba os gêneros relacionados ao domínio social de transmissão e construção de saberes, visando de forma sistemática possibilitar a apreensão dos conhecimentos científicos e afins, numa perspectiva menos assertiva e mais interpretativa, exigindo a apresentação textual de diferentes formas dos saberes. Exemplos: textos expositivos, conferências, seminários, resenha, artigos, tomadas de notas, resumos de textos expositivos e explicativos, relatos de experiência científica.
e) Agrupamento da ordem do descrever ações – reúne os gêneros cujo domínio social é o das instruções e prescrições, revisando a regulação ou normatização de comportamentos. Exemplos: receitas, instruções de uso, instruções de montagens, bulas, regulamentos, regimentos, estatutos, constituições, regras de jogo.
Neste enfoque, o relato de experiência de atuação profissional é entendido com um gênero de texto que pertence ao agrupamento dos gêneros da ordem do expor, cujo domínio social de comunicação é o da transmissão e construção de saberes. Nesse sentido, quando informado teoricamente, o relato de experiência permite a apreensão de conteúdos numa perspectiva que envolve a interpretação ao lado da asserção, constituindo-se num instrumento relevante para registrar a produção do conhecimento sobre a construção do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula.
2. 1. Situação de ação de linguagem (ou comunicativa).
De acordo com Schneuwly (1998, apud Machado, 1999, p. 97), toda produção textual tem como base de orientação uma situação de ação de linguagem, que envolve representações do produtor sobre aspectos dos mundos físico e sócio-subjetivo. Essas representações se manifestam em duas direções: a do contexto de produção, constituído por oito tipos de representações: local, momento de produção, emissor, receptor, instituição onde se dá a interação, o papel social representado pelo emissor e receptor, objetivos que o enunciador quer atingir sobre o destinatário; e a do conteúdo temático, aquilo que é ou pode ser dito, através do gênero, marcado por uma construção composicional, estilo.
Considerando esta perspectiva, tentaremos descrever como se manifestam as representações do contexto de produção em relatos de experiência de atuação profissional, publicados em periódicos. A observarmos os relatos de experiência de atuação profissional em três diferentes periódicos de divulgação científica, verificamos que o primeiro agente a influenciar a produção desse gênero é a instituição onde se dá a interação, representada pela Associação de Leitura do Brasil (ALB) encarregada da publicação da Revista Leitura: Teoria e Prática; Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABP) responsável pela publicação da Revista Psicopedagogia, e a Associação de Professores de Língua e Literatura (APLL) que publica a Revista Linha D’água. É interessante ressaltar que o fato de as revistas estarem vinculadas a associações revela que elas têm um posicionamento sócio-histórico e ideológico determinado e que seus informantes, bem como os assinantes aceitam esse posicionamento. Outro aspecto importante é que todas as revistas analisadas afirmam que os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, mas se reservam o direito de publicar ou não as matérias enviadas. A partir, desta afirmação constata-se que o conselho editorial das revistas mantém controle sobre o que é publicado e, num tom sugestivo, direciona a leitura do leitor, uma vez que acredita conhecer o perfil de seus leitores-modelo, dessa forma, o como de ação adotado no e pelo discurso se constrói no conteúdo previsto.
Levando em conta os leitores-modelo, constatamos nos periódicos analisados, três tipos: 1) Na revista Leitura: Teoria e Prática, segundo Silva (1998), seu destinatário é um professor-leitor em formação que assume a postura reflexiva e crítica diante da leitura[1]; 2) Na revista Linha D’água, o leitor é um professor de Língua e Literatura em nível de 1º e 2º graus “interessado, à procura de questões que possam levá-lo a rever sua prática ou um professor cansado e explorado, querendo respostas, caminhos claros que facilitem sua tarefa tão pouco satisfatória quanto aos resultados educacionais e financeiros. Em um ou outro caso, é um professor que ainda não perdeu o entusiasmo e se interessa por publicações de sua área e procurando respostas prontas questiona as que obteve e ao encontrar novas questões assume-as com rigor de certeza” (Mariano, 1988); 3) Na revista Psicopedagogia, os destinatários são profissionais atuantes na área de Psicopedagogia e áreas afins (Fonoaudiologia, Psicologia, Pedagogia, Serviço Social), preocupados em definir as abordagens preventivas e terapêuticas de Psicopedagogia. (Noffs, 1998).
Percebemos que ao controlar os artigos a serem publicados, a instituição através do conselho editorial também seleciona os papéis de produtor, que se assemelham ao perfil de leitor-modelo esperado pela revista. Desse modo, vamos ter como emissor da revista Leitura: Teoria e Prática, alunos e/ou professores envolvidos com atividades em nível de 3º grau ou pós-graduação e bibliotecários, preocupados com o ensino-aprendizagem de leitura nos seus aspectos teóricos e práticos. Na revista Linha d’água, o emissor está representado por professores do 3º grau ou mestrandos, interessados em divulgar seus trabalhos e contribuir para a melhoria das práticas de leitura e produção de textos no ensino de 1º e 2º graus. Na revista Psicopedagogia, o emissor é um profissional graduado em Pedagogia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social e área afins, com pós-graduação em nível de mestrado e/ou doutorado em Psicopedagogia, preocupados com os problemas de aprendizagem escolar.
Tendo em vista os perfis de leitores e produtores, podemos constatar que as revistas Leitura: Teoria e Prática e Linha d’água têm como finalidade estabelecer um diálogo com o receptor, possibilitando-lhe o acesso a informações e experiências a respeito da leitura e produção de textos, a reflexão sobre sua própria prática e a mudança de perspectiva. Além de se preocupar com a formação do professor-leitor reflexivo e crítico, a revista Psicopedagogia objetiva informar os profissionais de Psicopedagogia e áreas afins quanto às possíveis soluções para os problemas de ensino-aprendizagem de ordem patológica ou não.
Em função dos objetivos traçados por cada revista, verificamos que estes refletem o discurso de transformação social, divulgado pelo momento sócio-histórico em que vivemos, assimilado no contexto educacional, através da teoria sócio-interacionista de Vygotsky e da de leiturização de Foucambert, fundamentada nas idéias de Paulo Freire.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da observação das direções que norteiam as representações dos gêneros textuais, o contexto de produção e o conteúdo temático, verificamos que, nos periódicos analisados, os relatos de experiência refletem a representação que os periódicos têm acerca do mundo físico e sócio-subjetivo relacionado ao processo de ensino-aprendizagem. Conseqüentemente, no momento em que os produtores e leitores-modelo escolhem um determinado periódico como referencial para seu trabalho, assumem a representação nele apresentada.
Assim sendo, constatamos, como afirma Schneuwly, que o relato de experiência, assim como toda produção textual, orienta-se por uma situação de ação de linguagem que está pautada num contexto sócio-histórico-ideológico determinado. Esse contexto é refletido na concepção teórico-metodológica divulgada pelo periódico, norteando os relatos de experiência que, por sua vez, interferem na formação e atuação do professor.
No caso dos periódicos analisados, estes divulgam o discurso de transformação social, mostrando que tal transformação depende do professor. Este deve assumir uma postura crítica e reflexiva sobre sua postura de ensino, reavaliando-a e modificando-a, implicando numa mudança de perspectiva.
4. BIBLIOGRAFIA
BAKTHIN, M. (1953) Os gêneros do discurso. IN –––. Estética da criação verbal. Tradução do francês de Maria Ermantina G. G. Pereira, São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1990, p. 280-326.
DOLZ, J. & SCHNEUWLY, B. et alii. A Exposição Oral. IN DOLZ, J. & SCHNEUWLY, B. (1998) Pour un Enseignement de l’Oral: Iniciation aux genres formels à l’école. Tradução de Roxane Rojo, Paris: ESF Editeur, p. 141-161.
DOLZ, J. & SCHNEUWLY, B. (1996) Gêneros e progressão em expressão oral e escrita: elementos para reflexões sobre uma experiência suíça. (Francófona). Enjeux: 31-49.Tradução de Roxane Rojo (inédita).
GOMES, E. M. F. (1998) A Reformulação no discurso de divulgação científica: o relatório no ensino médio profissionalizante. Campina Grande: UEPB, p. 24-31.
MACHADO, A. R. (1999) Gêneros de Textos, Heterogeneidade Textual e Questões Didáticas. Boletim da ABRALIN, Florianópolis, v. 23, p. 94-108.
–––––. (1999) Ensino-aprendizagem de produção de textos na universidade: a descrição dos gêneros e a construção de material didático. III Congresso Latino americano de Estudos Del Discurso- Discurso para el Cambio.Chile, p. 01-11.
MARIANO, Ana Salles. (1988) Interferências: Leituras Cruzadas. IN Linha D’água.São Paulo: APLL, p. 77-82.
MOTTA-ROTH, D. e HENDGES, G. R. (1998) Uma Análise Transdiscipinar do Gênero Abstract. INTERCÂMBIO, v. VII, p. 117-125.
NOFFS, N. De Aquino. Revista Psicopedagogia. São Paulo: Salesianas, ABPP, 1998, v. 17, nº 45, p. 02.
ROJO, R. H. R. (1998) Elaborando uma Progressão Didática de Gêneros – Aspectos lingüístico-enunciativos no agrupamento de gêneros “relatar”. 8º INPLA. São Paulo: LAELL/PUC, p. 01-19.
–––––. (1998a) A Teoria dos Gêneros em Bakhtin: Construindo uma perspectiva enunciativa para o ensino de compreensão e produção na escola. Anais do Seminário Estudos Enunciativos no Brasil: História e Perspectivas.São Paulo: USP, p. 01-20.
––––. (1999) Interação em Sala de Aula e Gêneros Escolares do Discurso: Um Enfoque Enunciativo. Anais do II Congresso Nacional da ABRALIN. Florianópolis, p. 01-15.
SANTOS, G. T. dos S. & BARBOSA, J. P. (1999) Gêneros do Discurso. In ––. Língua Portuguesa no Ensino Fundamental: Por uma abordagem enunciativa (Parte 2), inédito, São Paulo: PUC, p. 01-10.
SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. (1997) Os gêneros escolares – Das práticas aos objetos escolares. Tradução de Glaís Sales Cordeiro, inédito, p. 01-15.
SILVA, L. L. M. A (1998) Revista Leitura: Teoria e Prática e o professor - um leitor em formação. In MARINHO, M. e SILVA, C. S. R. da. (orgs) Leituras de Professor. São Paulo: Mercado de Letras, ALB, p. 141-156.
5. PERIÓDICOS ANALISADOS
Leitura: Teoria e Prática. Porto Alegre: ALB/Mercado Aberto, nº6, dez-85, p.39-44./ nº 7, jun-86, p. 28-35./ nº 30, dez-97, p. 78-86.
Linha D’água. São Paulo: APLL, nº 4, 1986, p. 53-56./ nº 5, 1987, p. 72-82./ nº 8, 1993, p.47-59./ nº 9, 1995, p. 41-45.
Psicopedadogia. São Paulo: Salesianas, ABPP, v.16, nº 41, ago-87, p.25-32./ v.17, nº 46, nov-98, p.44-52./ v.18, nº 47, mai-99, p.35-43.
[1] Embora a Associação de Leitura do Brasil (ALB) explicite no final de todos os números da revista Leitura: Teoria e Prática que “dirige-se a professores de todos os níveis, bibliotecários, editores, livreiros, jornalista e demais profissionais ou estudantes preocupados com a sua atualização e com a melhoria das condições de leitura da população brasileira”.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007