O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. E para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência. A ciência, curiosamente, depois de cerca de 4 séculos, desde que ela surgiu com seus fundadores, está colocando sérias ameaças à nossa sobrevivência."
(Rubem Alves)
Pessoas, em geral, recorrem a suas próprias observações dos fatos cotidianos para constituir um conjunto de conhecimentos que lhes permita entender, de forma mais ou menos ordenada, como funciona o mundo em que vivem.
Diversos conceitos que temos sobre o mundo, sobre a vida, ou sobre o comportamento das pessoas estão baseados no senso comum. Ele aparece, muitas vezes, na nossa linguagem cotidiana através de uma argumentação semelhante para os mais diversos fenômenos. São frases como: é natural que isto ocorra ou este é o comportamento natural. Assim, criam-se verdades bem estabelecidas na sociedade, mas que são baseadas apenas no senso comum, podem se chocar, inúmeras vezes, com os resultados científicos nos causando grande perplexidade.
Ao introduzir os seus alunos nas atividades científicas será inevitável que eles expressem diversas concepções baseadas no senso comum e que não são adequados ao mundo científico. O que fazer? Esta é uma parte muito importante da aquisição do conhecimento, saber criticar as próprias idéias, perceber as suas falhas, limitações e saber abandoná-las. O maior argumento é que quando o senso comum está equivocado ele nos impede de avançar no conhecimento, de entender o que acontece. Para melhor exemplificar tomemos um caso concreto, o conceito de movimento. Este é um conceito muito importante pois é a primeira coisas que observamos ao olhar o céu, com o tempo tudo muda de lugar! (AUREA DE OLIVEIRA 14/10/2007)
domingo, 14 de outubro de 2007
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