quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Atividade 2 Gêneros, objetivos e capacidades envolvidos na compreensão e produção de textos. - a) item 1

a) Item 1- Que conhecimentos e capacidades, competências ou habilidades os alunos deveriam ter desenvolvido para que pudessem responder corretamente esta questão?
  • Checagem de hipóteses
  • Comparação de informações
  • Generalização
  • Produção de inferências locais
  • Produção de inferências globais

Aurea de Oliveira e Paula Regina

26/09/2007

Ler e escrever deve ser umcompromisso de todas as áreas?

Sim, todo professor, independente da área em que atua deve dominar a leitura e a escrita para que possa realizar um trabalho de qualidade.
Aurea de Oliveira


Sim, pois como educadores todos temos a obrigação de zelar pela competência leitora de nossos alunos, independente da área de atuação.
Paula Regina
12/09/2007


Sim, pois a capacidade de leitura e escrita supõe uma relação com a cultura, com a história, com o social e com a linguagem que é atravessada pela reflexão e crítica. O que deve fazer parte do cabedal de todo educador.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Do que depende a compreensão de um texto?

A compreensão de um texto depende do conhecimento prévio que o leitor traz consigo, do seu nível sócio-cultural, sua concentração, da sua prática de leitura, etc.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Para você, o que é texto?

Texto é a organização de uma idéia colocada em prática.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Boletim de Avaliação de Alunos

Boletim de Avaliação de Alunos




Notas do Interior são maiores do que da Grande SPFonte: Diário de São Paulo (26/02/07)Em todas as séries, do 1º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio, o desempenho das escolas estaduais da região metropolitana de São Paulo é pior do que o resultado das unidades do Interior; segundo as notas médias do último Saresp. A maior diferença foi verificada em português, na 1ª série do ensino fundamental, estágio em que o aluno do Interior (Litoral, inclusive) da rede ficou com média 10,7% superior ao colega da Grande SP.Para professores, no Interior, há mais participação da comunidade na vida da escola. Para a Secretaria Estadual de Educação (SEE), quatro hipóteses ajudam a explicar o melhor resultado dos alunos interioranos: os tamanhos das escolas; das turmas, a taxa de abandono e a localização geográfica combinada com o grau de vulnerabilidade dos jovens.As duas primeiras têm relação com a maior demanda da Grande SP, onde a pasta ainda não conseguiu extinguir o turno da fome, período intermediário de aula. que coincide com a hora do almoço e reduz o tempo de estudo na escola.Abandono menor no Interior, diz a SEE, há mais escolas de menor porte, com menos alunos e, em geral, menor taxa de abandono, que em 2005 ficou em 1,8% no fundamental e 7% no ensino médio.A pasta não divulgou taxas de abandono por regiões. Outra explicação: quanto maior o grau de vulnerabilidade juvenil pior o desempenho no Saresp. A maior parte dos alunos da Capital e arredores estuda em locais de vulnerabilidade média ou alta. O pior desempenho da Grande SP, de certa forma, explica o porquê de o governo Serra dar prioridade às escolas da Capital na implantação de um auxiliar para o professor de 1ª série: só 3027 classes da Capital receberão o auxiliar em 2007."Obviamente, (os maus resultados do Saresp) têm a ver com a alfabetização. Os alunos não entendem os problemas. Fizemos um exame com eles e não sabiam o que era a palavra perímetro", diz Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, que oferece bolsas de estudo a alunos da rede estadual.









OR EST PESQUISA
OF
--
N
100
OF
1
--
N
095
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-
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098

HORA DA LEITURA
OF
1
N
095
OF
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N
100
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--
-
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097

EXP MATEMATICAS
OF
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100
OF
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100
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100

SAUDE QUAL VIDA
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3
N
090
OF
1
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N
097
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093

EMPREEND SOCIAL
OF
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N
100
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4
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N
080
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090

AA TEATRO
OF
1
N
097
OF
2
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N
093
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095

AEM ESPORTE
OF
2
N
093
OF
1
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N
097
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095


























Escala de Avaliação
Legendas
RESULTADO FINAL
OBS: As avaliações e freqüências acima se referem somente à Escola citada. No caso de transferências, o aluno deve recuperar pela Escola a que cursava. A disciplina Ensino Religioso não é considerada para fins de prosseguimento de estudos.
NOTAS DE 0 ATE 10 COM INCREMENTO DE 1
1 - Aprovado (a) 3 - Retido (a) por Freqüência Insuficiente4 - Retido (a) por Rendimento InsuficienteAC - Ausências CompensadasPR - Participou da Recuperação








Protocolo de Boletim de Resultados de Avaliações

Recebi o Boletim de Resultados de Avaliações e declaro estar ciente das avaliações e faltas obtidas pelo (a) meu (minha) filho (a), nesta Escola e ano letivo até a presente data.


Aluno(a):
ADRIELI DE PAULA ROZ CANOS

R.A.:
000048916577 1 SP
Curso:
ENSINO FUNDAMENTAL
8. SERIE

Turma:
A
No.
1
Turno:
INTEGRAL



Assinatura do Pai ou responsável:
São Paulo, ________/________/________
Período: 2º BIMESTRE



Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Charge Jornalística

Charge Jornalística

A CHARGE COMO MANIFESTAÇÃO IDEOLÓGICA
Olga Moreira de Sousa, Orientador: Edilene Maria de Oliveira, (área de
concentração: Língua Portuguesa).
A charge jornalística se caracteriza por ser um texto visual humorístico e
opinativo, que critica um personagem ou fato político específico. Fundamenta-se
em um quadro teórico atual, envolvendo princípios da Análise do Discurso da
Lingüística Textual. Sua construção baseia-se na remissão a um universo textual
geralmente dado pelo próprio jornal. As charges jornalísticas mantêm relações
intertextuais com textos verbais, visuais e verbais e visuais conjuntamente. O que
torna singular é a demonstração perspicaz da propriedade carnavalesca da charge
de congregar, num jogo polifônico, o verso e o reverso do que tematiza. Dessa
maneira o chargista, através do desenho e da língua, utiliza o humor para
destronar os poderosos e buscar o que está oculto em fatos, personagens e ações
políticas. Ele transmite o objeto da charge pela intertextualidade com os textos
publicados no próprio jornal. A polifonia, a ambivalência e o humor do texto
chárgico fazem com que ele afirme e negue, eleve e rebaixe ao mesmo tempo,
obrigando o leitor a refletir sobre fatos e personagens do mundo político, uma vez
que põe a nu aquilo que está oculto por trás deles. A charge é um tipo de texto
que atrai o leitor, pois, enquanto imagem, é de rápida leitura, transmitindo
múltiplas informações de forma rápida. O leitor do texto chárgico, tem que ser um
indivíduo bem informado para que ele compreenda e capte o teor crítico da
charge. A charge, portanto, serve de estímulo à leitura das notícias, editoriais,
opiniões assinadas. Ela tem o objetivo de persuadir, influenciar ideologicamente o
imaginário do interlocutor, pois, o homem é um doente de imagem; ele se nutre do
real pelo imaginário. Conclui-se que a charge faz crer na capacidade humana de
não assujeitamento cego às restrições impostas por valores convencionalizados, a
despeito das pressões institucionais a que os sujeitos estão expostos. Assim, a
charge se mostra como um poderoso instrumento de crítica, devendo ter um lugar
privilegiado nas instituições jornalísticas que defendem o discurso pluralista.
PALAVRAS CHAVES: Charge; Análise do Discurso; Intertextualidade
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Romance Policial

Romance Policial

DUBITO ERGO SUM
Páginas de Ceticismo


A ESTRUTURA DO ROMANCE POLICIAL:uma introdução
Adriana Maria Almeida de Freitas

Vários autores tentaram sistematizar as regras do romance policial. François Fosca, em Histoire et technique du roman policier[1] fez a seguinte síntese: parte-se de um caso aparentemente inexplicável; uma (ou mais) personagem é culpada injustamente , a partir de índices superficiais; o analista (detetive) observa, raciocina e derruba as teorias apressadas; a solução do caso é sempre coerente e imprevista; quanto mais extraordinário for o mistério, mais fácil será sua resolução (como, por exemplo n’ Os crimes da Rua Morgue); o que permanece no final é sempre a solução correta.
De fato, o antológico Dupin utiliza o método hipotético-dedutivo, partindo dos fatos, chegando a uma teoria provisória que lhe possibilita voltar aos fatos para verificar se tudo foi explicado. Ao término dessa etapa, a investigação é encerrada e, em seguida, o culpado é desmascarado.
Para o detetive não há, pois, obstáculo intransponível: ele é infalível e sua função é desvelar a trama arquitetada. No romance policial clássico, se o detetive porventura se enganar, isto é atribuído à baixa qualidade da história, pois não há mistério capaz de derrotar um verdadeiro detetive-analista.
Assim, o detetive aparece sempre como uma figura excêntrica, dotada de uma enorme superioridade intelectual, bastante cerebral, solteiro, cheio de manias e incapaz de amar.

Se a rotina de vida que ali levávamos viesse a ser conhecida do mundo, ter-nos-iam como doidos – ou, talvez, por simples malucos inofensivos... Nossa reclusão era completa. Não recebíamos visitas.
Em tais ocasiões, não podia deixar eu de notar e de admirar em Dupin certa habilidade analítica peculiar. Parecia, também, sentir acre prazer no exercitá-lo, senão mais exatamente em exibi-la, e não hesitava em confessar a satisfação que disso lhe provinha.[2]

Dupin só mostrava amor e fascínio pela noite, pela leitura, escrita e passeio pelas ruas, o que contribuía para delinear seu perfil excêntrico.
O romance policial busca a mais completa verossimilhança. Trabalha prioritariamente com índices materiais, renegando os psicológicos; dissipa o imaginário, o poético, tentando deixar de lado as instabilidades do coração em prol do exercício racional.
Tal exercício racional pode incluir o aproveitamento de informações jornalísticas para desvendar crimes. Em “O mistério de Marie Roget”[3], de Edgar Allan Poe, esse procedimento funciona inclusive como estruturador da narrativa. O personagem-detetive analisa as versões dos jornais – fundamentalmente equivocadas ou manipuladoras – acerca de aspectos ainda não elucidados do crime (momento, motivo, assassino).
No curso da narrativa de Poe, expõe-se não só a relação do indivíduo com a massa e o mecanismo de proteção que o aglomerado urbano oferece pela via do anonimato, como também o poder dos jornais em sua interação com esse público difuso. Com efeito, no texto está claro que os jornais, ao mesmo tempo em que podem conferir notoriedade a componentes quase invisíveis na multidão e na própria sociedade (Marie Roget era uma Grisette que trabalhava numa loja de perfumes), arrogam-se uma legitimidade que lhes permite levantar hipóteses pretensamente científicas acerca das circunstâncias do crime.

(...) Os jornais se apoderaram [grifo nosso] imediatamente do assunto e a polícia se aprestava a fazer sérias investigações quando, uma bela manhã... (p.95)
(...) Como o tempo passasse sem que viessem descobertas, mil rumores contraditórios circulavam, ocupando-se os jornalistas em sugestões. (p.99)
(...) Desse modo, o jornal tentava criar a impressão [grifo nosso] de uma apatia por parte dos parentes de Maria... (p.100)
(...) Devemos recordar-nos de que, em geral, o objetivo de nossos jornais é antes criar uma sensação, lavrar um tento, que favorecer a causa da verdade. Este último fim só é visado quando parece coincidir com os primeiros. O órgão da imprensa que simplesmente se ajusta às opiniões comuns (por mais bem fundadas que possam essas opiniões ser) adquire para si o descrédito da população. A massa popular olha como profundo apenas quem lhe sugere contradições agudas das idéias generalizadas. Na lógica, não menos do que na literatura, é o epigrama que se torna mais imediato e mais universalmente apreciado. E em ambas está na mais baixa ordem de merecimento. (p.104)[4]

Esse último fragmento transcrito da obra de Poe encerra tanto uma crítica acerca da relação da imprensa com a opinião pública, quanto, no contexto da narrativa, o desvelamento de uma pretensão pseudocientífica que fundamentava as opiniões dos jornalistas sobre o caso. Não escapam também à hábil tessitura de Poe, o senso de competição entre os jornais, cuja força-motriz seria a perniciosa aliança entre a vaidade dos jornalistas e a intenção de venda do próprio jornal, e a própria onipresença do valor do dinheiro nas reiteradas referências ao oferecimento de uma recompensa por informações prestadas sobre o caso.
Em geral, o narrador de romance policial apresenta o caso inserindo na história uma dose tal de terror que paralisa a reflexão e o leitor fica ansioso, pedindo ajuda, visto que sozinho se sente incapaz de solucionar o mistério. Nesse momento, o detetive entra em cena com o objetivo de resgatar “a verdade”. A partir de então, o leitor prende-se à narrativa pela curiosidade que ela proporciona, sempre na expectativa de que haja um desfecho satisfatório.
Tal curiosidade suscitada é muito diferente daquela já vista no romance romântico, pois aqui, no policial, ela se alia ao medo, artisticamente modulado.
Nesses termos, o detetive vira uma espécie de herói e o público passa a desejar que ele reapareça em outras narrativas. A matriz das séries contemporâneas é, então, o romance policial. Conan Doyle, por exemplo, precisou ressuscitar Sherlock Holmes para atender às exigências do público[5]. Esta sensível inclinação ao sucesso, possibilitou a exploração comercial do romance policial em larga escala. O gênero habilmente trabalhado por Edgar Allan Poe vulgariza-se e passa a ser escravo das regras do mercado nas quais o que vale não é a escrita, mas sim a invenção da história.
Conan Doyle lançou mão do maquiavelismo no romance policial. O assassino exerce um papel de agente da história desde o inicio: manobra o inimigo, faz tudo para disfarçar o crime, introduz falsos índices, suprime testemunhas incômodas, entre outras iniciativas. Doyle também se utiliza do então emergente conhecimento da medicina legal. Sherlock Holmes é o primeiro detetive realmente cientifico. Ele era capaz de descobrir a origem de uma mancha de lama; a natureza de um tabaco; tipo de pneu, além de fazer exame grafológico e outros.
Tais mecanismos, cada vez mais sofisticados, começaram a criar problemas na relação do leitor com o romance policial: ao contrário do que acontecia com os romances mais comerciais, o fruidor agora se sentia incapaz de desvendar o mistério. O romance jogo surge então para tentar prender a atenção do público, colocando-o diante de uma charada. Van Dine[6], em 1928, chegou inclusive a sistematizar as regras necessárias a este tipo de romance: leitor e detetive devem ter a mesma oportunidade de desvendar o mistério; o narrador não deve lançar mão de truques e tapeação, além dos já utilizados pelo criminoso; não pode haver intriga amorosa para não atrapalhar o problema intelectual; o criminoso não pode ser descoberto através de suborno proposto pelo detetive ou pela polícia; sempre há um cadáver para causar horror e desejo de vingança; o mistério deve ser descoberto por meios realistas; só pode haver um detetive, caso contrário, o leitor ficaria em desvantagem; o culpado dever ser um dos personagens da história, que o leitor conheça e que desperte interesse; o culpado não pode estar entre os empregados domésticos; só pode haver um culpado; o mistério deve estar evidenciado desde o início, de modo que uma releitura possa mostrar ao leitor o quanto ele foi desatento se comparado ao detetive; o romance deve ser verossímil, mas não cheio de descrições, visto que se trata de um jogo; o criminoso não deve ser um profissional.
Por fim, Van Dine enumera uma série de macetes desprovidos de originalidade que não devem pois, aparecer de modo algum: identificação do culpado através de uma ponta de cigarro; confissão realizada em sessão espírita; falsas impressões digitais; álibi constituído por um manequim; cão que não late revelando que o assassino é familiar; apresentação de um irmão gêmeo como culpado; utilização de soro da verdade; associação de palavras para descobrir o culpado; decifração de um criptograma.
É claro que a validade destas regras é bastante questionável. Inúmeros romances policiais clássicos e contemporâneos têm, na pratica, desmentido algumas delas. Exemplo marcante em muitas histórias policiais são a recorrência de intrigas amorosas; a existência de mais de um investigador (os famosos auxiliares); empregados domésticos aparecendo como culpados;a existência de vários culpados (Assassinato no Expresso Oriente, de Agatha Christie); entre outras contradições.
O romance jogo tem os seus limites, uma vez que é impossível extrair completamente o humano e o sensível do romance policial. A obra de Agatha Christie é um bom exemplo disto. Com o detetive Hercule Poirot, A . Christie propôs ao leitor uma série de jogos. O leitor era desafiado a “matar a charada” e descobrir o culpado.
Em Assassinato no Expresso Oriente[7], de 1933, por exemplo, os capítulos são organizados numa seqüência lógica que desafia o leitor. O livro se divide em três partes: “Os fatos”; “Os testemunhos”; “Hercule Poirot pára para pensar”. Na primeira parte, o problema é apresentado: ocorre um crime misterioso dentro de um trem. Quem seria o culpado? Hercule Poirot, o clássico detetive dotado de inteligência superior fica encarregado de descobrir o criminoso. Na segunda parte, Poirot toma o depoimento de todos os passageiros, as pistas começam a aparecer. No entanto, todos os suspeitos em potencial possuem álibis, o que dificulta bastante a resolução do problema.
Mesmo auxiliado pela planta do trem, desenhada no livro, e por uma série de esquemas e sínteses que Poirot vai rascunhando ao longo da investigação, o leitor não consegue montar o quebra-cabeça e desvelar o criminoso. Dessa forma, a terceira e última parte consiste numa espécie de tributo à inteligência dos detetives, em geral, e de Poirot, em especial. A própria denominação desta parte é reveladora: “Hercule Poirot pára para pensar”. É exatamente do raciocínio de Poirot que sairá a resposta. O diretor da estrada de ferro, Bouc, e o médico, Constantine, que foram companheiros de investigação de Poirot, pareciam desanimados com a falta de pistas claras. Observemos o que diz Bouc a Poirot após o término dos depoimentos e o que Poirot lhe responde:

- Lê voilà! – exclamou, ao ver o detetive – Se resolver este caso; mon cher, eu passarei a acreditar em milagres! (...). não consigo distinguir o princípio do fim.
- É isto que torna o caso tão interessante para mim – comentou Poirot, - Todos os caminhos normais nos foram cortados. Será que essa gente diz a verdade ou está mentindo? Não temos como saber. Tudo se resume em exercício mental[8].

É através da utilização do raciocínio que Poirot consegue resgatar cada parte do quebra-cabeça e chegar à solução do problema. O crime fora cometido, na verdade, por doze pessoas! Apesar de genial, o plano conseguiu ser desvendado pela inteligência superior de Poirot, que foi analisando algumas pistas deixadas. Ao final, concluiu que os doze assassinos construíram álibis mutuamente.
O romance jogo constitui, em suma, uma forte vertente do romance policial. Todavia, seus limites fizeram com que até mesmo Agatha Christie abandonasse tal vertente e passasse a trabalhar mais o lado psicológico dos personagens, num segundo momento.
Raymond Chandler em seus estudos L’ art d’ assassiner ou la moindre des choses (1944) e Quelques remarques sur le roman policier (1949), preocupado com as referidas limitações, introduz, profeticamente, a seguinte reflexão:

D. Sayers tentou tomar uma decisão entre o romance policial e o romance de costume, conservando o elemento policial. Ela tentou passar... dos que sabem construir uma história, mas não sabem escrever, aos que sabem escrever, mas que, muito freqüentemente, são incapazes de construir uma história... Ela não fez senão passar de um gênero popular a outro. Não quero crer que isso seja impossível e que, em algum lugar (não serei talvez eu), que se chegue a escrever um romance que, conservando ostensivamente seu elemento de mistério e sabor picante que isso traz, será realmente um romance psicológico e de atmosfera, onde terão papel a violência e o medo[9].

A grande arte, de Rubem Fonseca, possui exatamente essa marca. É híbrido e não se restringe a qualquer fronteira. Mescla também suspense, sexo, violência e inúmeros elementos extraídos da cultura pop. Essa obra integra, no meu entendimento, a linha da literatura brasileira contemporânea que está sendo privilegiada em meu projeto de tese.
Tal transgressão das fronteiras do romance policial stricto sensu foi duramente criticada por Boileau e Narcejac:

(...) Eis porque esses “híbridos” nunca dão toda a satisfação. Põem em cena dois talentos diferentes que tendem a prejudicar-se reciprocamente. No romance policial comum, a identificação do leitor com o herói é total (...). Pelo contrário, no romance policial estabelece-se, como se diz, um certo “distanciamento” entre o leitor e o personagem, porque sempre se esperou a continuação e o lance teatral final. Quando se lê um romance, é o presente que conta. Quando se lê um romance policial, é o futuro que importa, mesmo e sobretudo se se trata de um suspense. Duas ópticas! Dois tipos de leitura! E é arriscada toda tentativa de mistura[10].

Trata-se de um ponto de vista questionável, já que na mesma obra de que esta citação foi extraída, Boileau e Narcejac sistematizaram vários caminhos trilhados pelo romance policial desde Edgar Allan Poe, ressaltando que o romance policial, ao longo do tempo, apresenta-se de forma variada – todas elas já latentes na origem do gênero.
Essa discussão torna-se ainda mais controvertida se introduzirmos algumas considerações feitas por Todorov, em seu estudo intitulado “Tipologia do Romance Policial”:

(...) o romance policial tem sua normas; fazer “melhor” do que elas pedem é ao mesmo tempo fazer “pior”: quem quer “embelezar” o romance policial faz “literatura”. Não romance policial. O romance policial por excelência não é aquele que transgride as regras do gênero, mas o que a elas se adapta (...) o melhor romance será aquele do qual não se tem nada a dizer (...) não se pode medir com as mesmas medidas a “grande” arte e a arte “popular”[11].

Na verdade, esta afirmativa pode ser relativizada, pois o próprio autor aponta uma subdivisão do gênero policial (e uma conseqüente variação de regras) em romance policial clássico ou de enigma, romance negro e romance de suspense; somam-se ainda as variações temporais e sociais. Não está sendo abandonada, no entanto, a idéia de que realmente o policial possui alguns elementos que não devem ser adulterados, dentre tais, o exercício da razão; a existência de, no mínimo duas historias; a imunidade do detetive; o trabalho com o suspense e o mistério em torno de um crime.

BIBLIOGRAFIA
ALBUQUERQUE, Paulo de Medeiros e. O mundo emocionante do romance policial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e estética: a teoria do romance. São Paulo: Unesp/Hucitec, 1988.
BENJAMIN. Walter. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Trad. José M. Barbosa, Hemerson A. Baptista. São Paulo: Brasiliense, 1989.
______. “O narrador”. In:_____. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BOILEAU-NARCEJAC. O romance policial. São Paulo: Ática, 1991
CANDIDO, Antônio.”A personagem do romance”. In:____ et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1968.
FONSECA, Rubem. A grande arte. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.
HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo. Rio de Janeiro: Imago, 1991
JAMESON, Fredric. “Pós-Modernidade e Sociedade de Consumo”. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n° 12, pp.16-26, jun. 1985.
LIMA, Luiz Costa. Mímesis e modernidade: formas das sombras. Rio de Janeiro: Graal, 1980.
LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. Lisboa: Editorial Presença, 1962
POE, Edgar Allan. Ficção completa, poesia e ensaios. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981.
ROSENFELD, Anatol. “Literatura e personagem”.In:____. et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 1968.
SILVA, Vítor Manuel Aguiar e. “O romance”. In:_____. Teoria da Literatura. Lisboa: Almedina, 1982.
SODRÉ, Muniz. Best-seller: a literatura de mercado. São Paulo: Ática, 1985.
TODOROV, Tzvedan. “Tipologia do romance policial”. In:____. As estruturas narrativas. São Paulo: Perspectivas. 1970.
NOTAS
[1] Apud BOILEAU-NARCEJAC (1991)
[2] POE, E. A. (1981) p.68
[3] POE, E. A. (1981)
[4] POE, E.A. (1981)
[5] BOILEAU-NARCEJAC (1991) p.27
[6] Apud ibid., p.38 e ALBURQUERQUE, P. M. (1979) p.23-55
[7] CHRISTIE, A. (s. d.)
[8] CHRIS,A. p.143
[9] Apud, BOILEAU-NARCEJAC (1991) p.63
[10] Ibid., p.83
[11] TODOROV, T. (1970) p.25
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

Pesquisa sobre os gêneros discursivos: - Relato de Experiência Científica

Relato de Experiência Científica

A SITUAÇÃO COMUNICATIVA DO GÊNERO RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
Jocília Rodrigues da Silva (UFBP)
Poliana Dayse Vasconcelos Leitão (UFPB)
1. INTRODUÇÃO
Para transformar as atuais práticas de ensino-aprendizagem da língua materna faz-se necessário adotar a noção de gênero, visto que os gêneros textuais articulam as práticas sociais e os objetos escolares, constituindo-se em instrumentos privilegiados para o desenvolvimento das capacidades necessárias à compreensão/ produção oral e escrita dos mais variados textos existentes, pois, como afirmam muitos estudiosos, aprender a falar, ler e escrever é, principalmente, aprender a compreender e produzir enunciados através de gêneros. Entretanto, em virtude de o trabalho com esta noção ser ainda recente e estar se expandindo, verifica-se a necessidade de pesquisas voltadas para a descrição dos gêneros e para a intervenção, com vistas ao desenvolvimento das habilidades para apropriação de gêneros.
Tendo em vista tal necessidade, pretendemos esboçar um modelo escolar de relato de experiência, que favoreça, sobretudo, a formação de professores. Nesse sentido, a pesquisa sobre a descrição dos gêneros se torna imprescindível e anterior a qualquer projeto de intervenção didática, pois segundo Schneuwly & Dolz (1997), o gênero trabalhado como objeto de ensino-aprendizagem é sempre uma variação do gênero de referência.
Com essa visão, o presente trabalho tem por objetivo reunir elementos para a descrição do gênero relato de experiência, observando o nível da situação de ação de linguagem, isto é, a situação comunicativa em que os textos pertencentes a esse gênero são produzidos. O corpus deste trabalho está constituído de 15 relatos de experiência, sendo 05 relatos da revista Leitura: Teoria e Prática, 05 da revista Psicopedagogia e 05 da revista Linha D’água.
2. SITUANDO O RELATO DE EXPERIÊNCIA NOS AGRUPAMENTOS DOS GÊNEROS
De acordo Schneuwly (1998:04), o termo gênero, advindo da retórica e da literatura, ganhou extensão na obra de Bakhtin (1979), que define gênero como sendo tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados em cada esfera de troca (lugar social dos interlocutores), os quais são caracterizados pelo conteúdo temático, estilo e construção composicional, e escolhidos em função de uma situação definida por alguns parâmetros (finalidade, destinatários, conteúdo). Ou seja, os gêneros do discurso seriam formas de dizer sócio-historicamente cristalizadas provenientes das necessidades produzidas em diferentes lugares sociais da comunicação humana.
Como afirmam Santos & Barbosa (1999: 04), a noção de gênero considera, além dos elementos da ordem do social e do histórico, aspectos estruturais do texto, situação de produção e forma de dizer. Esta noção de gênero vem sendo adotada para o processo de ensino/ aprendizagem de língua materna, favorecendo uma melhor produção e compreensão de textos orais e escritos, através da seleção que oriente as propostas curriculares, definindo princípios, delimitando objetivos, conteúdos e atividades (Santos & Barbosa, op.cit. p. 05).
Dolz & Schneuwly (1996), vislumbrando o processo ensino/aprendizagem, propuseram cinco agrupamentos de gêneros com base em três critérios: domínio social da comunicação a que pertencem; capacidades de linguagem envolvidas na produção e compreensão desses gêneros e sua tipologia geral. São eles:
a) Agrupamento da ordem do narrar – envolve os gêneros cujo domínio é o da cultura literária ficcional, marcados pela manifestação estética e caracterizados pela mimesis da ação através da criação, da intriga no domínio do verossímil.. Exemplos: contos de fada, fábulas, lendas, narrativas de aventura, de enigma, ficção científica, crônica literária, romance, entre outros.
b) Agrupamento da ordem do relatar – comporta os gêneros pertencentes ao domínio social da memorização e documentação das experiências humanas, situando-as no tempo. Exemplos: relato de experiências vividas, diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas, relatos históricos, biografias, autobiografias, testemunhos etc.
c) Agrupamento da ordem do argumentar – inclui os gêneros relacionados ao domínio social da discussão de assuntos sociais controversos, objetivando um entendimento e um posicionamento frente a eles, exigindo para tanto, sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição. Exemplos: textos de opinião, diálogos argumentativos, cartas de leitor, cartas de reclamação, cartas de solicitação, debates regrados, editoriais, requerimentos, ensaios argumentativos, resenhas críticas, artigos assinados, entre outros.
d) Agrupamento da ordem do expor – engloba os gêneros relacionados ao domínio social de transmissão e construção de saberes, visando de forma sistemática possibilitar a apreensão dos conhecimentos científicos e afins, numa perspectiva menos assertiva e mais interpretativa, exigindo a apresentação textual de diferentes formas dos saberes. Exemplos: textos expositivos, conferências, seminários, resenha, artigos, tomadas de notas, resumos de textos expositivos e explicativos, relatos de experiência científica.
e) Agrupamento da ordem do descrever ações – reúne os gêneros cujo domínio social é o das instruções e prescrições, revisando a regulação ou normatização de comportamentos. Exemplos: receitas, instruções de uso, instruções de montagens, bulas, regulamentos, regimentos, estatutos, constituições, regras de jogo.
Neste enfoque, o relato de experiência de atuação profissional é entendido com um gênero de texto que pertence ao agrupamento dos gêneros da ordem do expor, cujo domínio social de comunicação é o da transmissão e construção de saberes. Nesse sentido, quando informado teoricamente, o relato de experiência permite a apreensão de conteúdos numa perspectiva que envolve a interpretação ao lado da asserção, constituindo-se num instrumento relevante para registrar a produção do conhecimento sobre a construção do processo de ensino-aprendizagem em sala de aula.
2. 1. Situação de ação de linguagem (ou comunicativa).
De acordo com Schneuwly (1998, apud Machado, 1999, p. 97), toda produção textual tem como base de orientação uma situação de ação de linguagem, que envolve representações do produtor sobre aspectos dos mundos físico e sócio-subjetivo. Essas representações se manifestam em duas direções: a do contexto de produção, constituído por oito tipos de representações: local, momento de produção, emissor, receptor, instituição onde se dá a interação, o papel social representado pelo emissor e receptor, objetivos que o enunciador quer atingir sobre o destinatário; e a do conteúdo temático, aquilo que é ou pode ser dito, através do gênero, marcado por uma construção composicional, estilo.
Considerando esta perspectiva, tentaremos descrever como se manifestam as representações do contexto de produção em relatos de experiência de atuação profissional, publicados em periódicos. A observarmos os relatos de experiência de atuação profissional em três diferentes periódicos de divulgação científica, verificamos que o primeiro agente a influenciar a produção desse gênero é a instituição onde se dá a interação, representada pela Associação de Leitura do Brasil (ALB) encarregada da publicação da Revista Leitura: Teoria e Prática; Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABP) responsável pela publicação da Revista Psicopedagogia, e a Associação de Professores de Língua e Literatura (APLL) que publica a Revista Linha D’água. É interessante ressaltar que o fato de as revistas estarem vinculadas a associações revela que elas têm um posicionamento sócio-histórico e ideológico determinado e que seus informantes, bem como os assinantes aceitam esse posicionamento. Outro aspecto importante é que todas as revistas analisadas afirmam que os artigos assinados são de responsabilidade dos autores, mas se reservam o direito de publicar ou não as matérias enviadas. A partir, desta afirmação constata-se que o conselho editorial das revistas mantém controle sobre o que é publicado e, num tom sugestivo, direciona a leitura do leitor, uma vez que acredita conhecer o perfil de seus leitores-modelo, dessa forma, o como de ação adotado no e pelo discurso se constrói no conteúdo previsto.
Levando em conta os leitores-modelo, constatamos nos periódicos analisados, três tipos: 1) Na revista Leitura: Teoria e Prática, segundo Silva (1998), seu destinatário é um professor-leitor em formação que assume a postura reflexiva e crítica diante da leitura[1]; 2) Na revista Linha D’água, o leitor é um professor de Língua e Literatura em nível de 1º e 2º graus “interessado, à procura de questões que possam levá-lo a rever sua prática ou um professor cansado e explorado, querendo respostas, caminhos claros que facilitem sua tarefa tão pouco satisfatória quanto aos resultados educacionais e financeiros. Em um ou outro caso, é um professor que ainda não perdeu o entusiasmo e se interessa por publicações de sua área e procurando respostas prontas questiona as que obteve e ao encontrar novas questões assume-as com rigor de certeza” (Mariano, 1988); 3) Na revista Psicopedagogia, os destinatários são profissionais atuantes na área de Psicopedagogia e áreas afins (Fonoaudiologia, Psicologia, Pedagogia, Serviço Social), preocupados em definir as abordagens preventivas e terapêuticas de Psicopedagogia. (Noffs, 1998).
Percebemos que ao controlar os artigos a serem publicados, a instituição através do conselho editorial também seleciona os papéis de produtor, que se assemelham ao perfil de leitor-modelo esperado pela revista. Desse modo, vamos ter como emissor da revista Leitura: Teoria e Prática, alunos e/ou professores envolvidos com atividades em nível de 3º grau ou pós-graduação e bibliotecários, preocupados com o ensino-aprendizagem de leitura nos seus aspectos teóricos e práticos. Na revista Linha d’água, o emissor está representado por professores do 3º grau ou mestrandos, interessados em divulgar seus trabalhos e contribuir para a melhoria das práticas de leitura e produção de textos no ensino de 1º e 2º graus. Na revista Psicopedagogia, o emissor é um profissional graduado em Pedagogia, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social e área afins, com pós-graduação em nível de mestrado e/ou doutorado em Psicopedagogia, preocupados com os problemas de aprendizagem escolar.
Tendo em vista os perfis de leitores e produtores, podemos constatar que as revistas Leitura: Teoria e Prática e Linha d’água têm como finalidade estabelecer um diálogo com o receptor, possibilitando-lhe o acesso a informações e experiências a respeito da leitura e produção de textos, a reflexão sobre sua própria prática e a mudança de perspectiva. Além de se preocupar com a formação do professor-leitor reflexivo e crítico, a revista Psicopedagogia objetiva informar os profissionais de Psicopedagogia e áreas afins quanto às possíveis soluções para os problemas de ensino-aprendizagem de ordem patológica ou não.
Em função dos objetivos traçados por cada revista, verificamos que estes refletem o discurso de transformação social, divulgado pelo momento sócio-histórico em que vivemos, assimilado no contexto educacional, através da teoria sócio-interacionista de Vygotsky e da de leiturização de Foucambert, fundamentada nas idéias de Paulo Freire.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da observação das direções que norteiam as representações dos gêneros textuais, o contexto de produção e o conteúdo temático, verificamos que, nos periódicos analisados, os relatos de experiência refletem a representação que os periódicos têm acerca do mundo físico e sócio-subjetivo relacionado ao processo de ensino-aprendizagem. Conseqüentemente, no momento em que os produtores e leitores-modelo escolhem um determinado periódico como referencial para seu trabalho, assumem a representação nele apresentada.
Assim sendo, constatamos, como afirma Schneuwly, que o relato de experiência, assim como toda produção textual, orienta-se por uma situação de ação de linguagem que está pautada num contexto sócio-histórico-ideológico determinado. Esse contexto é refletido na concepção teórico-metodológica divulgada pelo periódico, norteando os relatos de experiência que, por sua vez, interferem na formação e atuação do professor.
No caso dos periódicos analisados, estes divulgam o discurso de transformação social, mostrando que tal transformação depende do professor. Este deve assumir uma postura crítica e reflexiva sobre sua postura de ensino, reavaliando-a e modificando-a, implicando numa mudança de perspectiva.
4. BIBLIOGRAFIA
BAKTHIN, M. (1953) Os gêneros do discurso. IN –––. Estética da criação verbal. Tradução do francês de Maria Ermantina G. G. Pereira, São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1990, p. 280-326.
DOLZ, J. & SCHNEUWLY, B. et alii. A Exposição Oral. IN DOLZ, J. & SCHNEUWLY, B. (1998) Pour un Enseignement de l’Oral: Iniciation aux genres formels à l’école. Tradução de Roxane Rojo, Paris: ESF Editeur, p. 141-161.
DOLZ, J. & SCHNEUWLY, B. (1996) Gêneros e progressão em expressão oral e escrita: elementos para reflexões sobre uma experiência suíça. (Francófona). Enjeux: 31-49.Tradução de Roxane Rojo (inédita).
GOMES, E. M. F. (1998) A Reformulação no discurso de divulgação científica: o relatório no ensino médio profissionalizante. Campina Grande: UEPB, p. 24-31.
MACHADO, A. R. (1999) Gêneros de Textos, Heterogeneidade Textual e Questões Didáticas. Boletim da ABRALIN, Florianópolis, v. 23, p. 94-108.
–––––. (1999) Ensino-aprendizagem de produção de textos na universidade: a descrição dos gêneros e a construção de material didático. III Congresso Latino americano de Estudos Del Discurso- Discurso para el Cambio.Chile, p. 01-11.
MARIANO, Ana Salles. (1988) Interferências: Leituras Cruzadas. IN Linha D’água.São Paulo: APLL, p. 77-82.
MOTTA-ROTH, D. e HENDGES, G. R. (1998) Uma Análise Transdiscipinar do Gênero Abstract. INTERCÂMBIO, v. VII, p. 117-125.
NOFFS, N. De Aquino. Revista Psicopedagogia. São Paulo: Salesianas, ABPP, 1998, v. 17, nº 45, p. 02.
ROJO, R. H. R. (1998) Elaborando uma Progressão Didática de Gêneros – Aspectos lingüístico-enunciativos no agrupamento de gêneros “relatar”. 8º INPLA. São Paulo: LAELL/PUC, p. 01-19.
–––––. (1998a) A Teoria dos Gêneros em Bakhtin: Construindo uma perspectiva enunciativa para o ensino de compreensão e produção na escola. Anais do Seminário Estudos Enunciativos no Brasil: História e Perspectivas.São Paulo: USP, p. 01-20.
––––. (1999) Interação em Sala de Aula e Gêneros Escolares do Discurso: Um Enfoque Enunciativo. Anais do II Congresso Nacional da ABRALIN. Florianópolis, p. 01-15.
SANTOS, G. T. dos S. & BARBOSA, J. P. (1999) Gêneros do Discurso. In ––. Língua Portuguesa no Ensino Fundamental: Por uma abordagem enunciativa (Parte 2), inédito, São Paulo: PUC, p. 01-10.
SCHNEUWLY, B. & DOLZ, J. (1997) Os gêneros escolares – Das práticas aos objetos escolares. Tradução de Glaís Sales Cordeiro, inédito, p. 01-15.
SILVA, L. L. M. A (1998) Revista Leitura: Teoria e Prática e o professor - um leitor em formação. In MARINHO, M. e SILVA, C. S. R. da. (orgs) Leituras de Professor. São Paulo: Mercado de Letras, ALB, p. 141-156.
5. PERIÓDICOS ANALISADOS
Leitura: Teoria e Prática. Porto Alegre: ALB/Mercado Aberto, nº6, dez-85, p.39-44./ nº 7, jun-86, p. 28-35./ nº 30, dez-97, p. 78-86.
Linha D’água. São Paulo: APLL, nº 4, 1986, p. 53-56./ nº 5, 1987, p. 72-82./ nº 8, 1993, p.47-59./ nº 9, 1995, p. 41-45.
Psicopedadogia. São Paulo: Salesianas, ABPP, v.16, nº 41, ago-87, p.25-32./ v.17, nº 46, nov-98, p.44-52./ v.18, nº 47, mai-99, p.35-43.
[1] Embora a Associação de Leitura do Brasil (ALB) explicite no final de todos os números da revista Leitura: Teoria e Prática que “dirige-se a professores de todos os níveis, bibliotecários, editores, livreiros, jornalista e demais profissionais ou estudantes preocupados com a sua atualização e com a melhoria das condições de leitura da população brasileira”.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
26/09/2007

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Atividades do ítem 2 : Esferas de atividades humanas e os gêneros do discurso

Figura 4: Esferas de atividades humanas e os gêneros do discurso.
"Sala de aula"
  1. Educação/ ensino;
  2. Equipe de gestão, funcionários, professores, pais e alunos;
  3. Ensinar, educar, viver em sociedade,democracia,encaminhamentos para o mercado de trabalho;
  4. Aulas expositivas, atividades de leitura, pesquisa, informática, atividades físicas, arte, cultura, filosofia, orientação de estudo e pesquisa, orientação religiosa, sexual, através de palestras, vídeos, feiras,exposições de trabalhos, etc....
  5. Aulas expositivas, textos, pesquisas, estudo de campo, informática educacional,etc...

Aurea de Oliveira e Paula Regina

19/09/2007

Atividades do ítem 2 : Esferas de atividades humanas e os gêneros do discurso

Figura 3 : Esferas de atividades humanas e os gêneros do discurso
Laboratório de Química
  1. Científica
  2. Químico, Bioquímico, Farmaco-químico;
  3. Relalizar pesquisas, realizar exames laboratoriais, criar fórmulas, manipulação de medicamentos;
  4. Exames laboratoriais, criação e manipulação de fórmulas e medicamentos;
  5. Laboratórios de análises clínicas, laboratórios farmaco-químicos,cosméticos, produtos de limpeza, ácidos, produtos alimentícios, medicamentos, indústrias têxteis, etc...

Aurea de Oliveira e Paula Regina

19/09/2007

Atividades do ítem 2 : Esferas de atividades humanas e os gêneros do discurso

2ª figura : Esferas de atividades humanas e os gêneros do discurso

Diário de Notícias
  1. Jornalística
  2. Jornalistas, redatores, repórteres, fotógrafos, diagramadores, etc;
  3. Divulgação da notícia de diferentes gêneros, informação, artigos de opinião, carta de leitor, entretenimento, atualidades, etc...
  4. Informação, divulgação, entretenimento, roteiros, diversão, previsão metereológica,etc...
  5. Notícias populares, jornais locais, regionais, estaduais, internacionais, etc...

Aurea de Oliveira e Paula Regina

19/09/2007

Atividades do ítem 2 : Esferas de atividades humanas e os gêneros do discurso

Esferas de atividades humanas e os generos do discurso:
  1. CONGRESSO NACIONAL:
Esfera de atividade representada:
  • Política

Atores envolvidos:

  • Deputados e Senadores;

Interesses/ perspectivas em jogo (determinam finalidades)

  • Aprovar leis, projetos, discussões e/ou debates e votações sobre o futuro do país;

Exemplos de atividades realizadas na esfera:

  • Processo de cassação do Senador Renan Calheiros;
  • Criação e votação de leis, projetos, processos, etc..

Generos em circulação:

  • Discurso de acusação e defesa, de apresentação de projeto de lei,etc...

Aurea de Oliveira e Paula Regina

19/09/2007

Ativ. 2: Notícia para um jornal do tipo O estado de São Paulo

Atividade 2 : - Notícia para "O Estado de São Paulo"



ESCOLA DO MUNICÍPIO DE ASPÁSIA REALIZA O PRIMEIRO MUTIRÃO VERDE

A ETI E.E. "José dos Santos" do município de Aspásia - D.E. Jales, comemora hoje, 21 de setembro, Dia da Árvore com o Mutirão Verde realizando campanhas sócio-educativas : pela manhã após ato cívico, lançamento de bexigas com sementes de Girassol e de Ipê, plantio de árvores e soltura de peixes no córrego cascavel; em seqüência a abertura da "1ª Feira do Verde", distribuição de brindes para as crianças que mais arrecadaram garrafas pets, finalizando o dia com apresentações artísticas dos alunos na quadra da escola. Estas realizações fazem parte do Projeto Central da ETI em 2007: "QUERO VER DE NOVO", e que ao longo do ano letivo estarão sendo desenvolvidas diversas atividades de conscientização e preservação do meio meio ambiente.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
25/09/2007

Atividade de Retomada - Checagem das hipóteses do livro de Calvino

Fórum 1
Ao realizarmos nossa checagem, percebemos que a nossa predição não coincidiu com a sinopse do livro, que fala sobre práticas de leitura, portanto, muito distante do que imaginávamos que seria .
O exercício foi muito importante para nosso crescimento intelectual.
Aurea de Oliveira e Paula Regina
19/09/2007

Sinopse de um Livro que li e gostei

Sinopse de um livro que li e recomendo: - "Otelo" de Willian Sheakepere


O livro fala sobre amor, inveja e desconfiança, onde o par romântico não consegue ser feliz devido a desconfiança do personagem masculino, que o leva a matar seu grande amor: Desdêmona.
Otelo é um nobre mouro e soldado de fortuna, cujo valor o elevou ao posto de general. O herói da tragédia shakespeariana é chamado a enfrentar o impossível e a morrer sem esperança e recompensa - o ciumento mouro estrangula a inocente Desdêmona. Todas as épocas e todos os homens encontram a sua imagem refletida no espelho universal de Shakespeare. Os ecos de sua paixão e de sua poesia ressoam no nosso espírito - e assim será até o fim dos tempos.

Aurea de Oliveira
19/09/2007

Sinopse de um livro encontrado no site

Sinopse do livro Fortaleza Digital- Autor Dan Brown
Em 'Fortaleza Digital', Dan Brown - autor de 'Código Da Vinci' - mergulha no intrigante universo dos serviços de informação e ambienta sua história na ultra-secreta e multibilionária NSA, a Agência de Segurança Nacional americana, mais poderosa do que a CIA ou qualquer outra organização de inteligência do mundo. Quando o supercomputador da NSA, até então considerado uma arma invencível para decodificar mensagens terroristas transmitidas pela Internet, se depara com um novo código que não pode ser quebrado, a agência recorre à sua mais brilhante criptógrafa, a bela matemática Susan Fletcher. Presa numa teia de segredos e mentiras, sem saber em quem confiar, Susan precisa encontrar a chave do engenhoso código para evitar o maior desastre da história da inteligência americana e para salvar a sua vida e a do homem que ama. Uma corrida desesperada se desenrola paralelamente nos corredores do submundo do poder, nos arranha-céus de Tóquio e nas ruas de Sevilha. É uma batalha de vida ou morte que pode mudar para sempre o equilíbrio de forças no mundo.
Aurea de Oliveira 19/09/2007

Antecipação do Livro de Calvino

Antecipação da sinopse de Calvino

O livro conta a história de dois amigos que se apaixonam depois de terem feito uma viagem em auto mar. O belo romance contagia seus leitores pela magia dos sentimentos mais belos que brotam nao coração dos homens....
Aurea de Oliveira 19/09/2007

Redigir a sinopse de um livro que marcou sua vida.

Sinopse do Livro: Fernão Capelo Gaivota
Autor: Richard Bach

O livro é uma alegoria sobre a importância de se buscar propósitos mais nobres para a vida. O autor usa uma gaivota como personagem principal. Um pássaro que, diferente dos outros de sua espécie, não se preocupa apenas em conseguir comida. Este está preocupado com a beleza de seu próprio vôo, em aperfeiçoar sua técnica e executar o mais belo dos vôos. Uma metáfora sobre acreditar nos próprios sonhos e buscar o que se quer, mesmo quando tudo parece conspirar contra isso.
Paula Regina
19/09/2007

Outras Sinopses Lidas: - Cidades Invisíveis

Sinopse:-
'As Cidades Invisíveis'
, de Italo Calvino, um dos escritores mais importantes e instigantes da segunda metade do século XX, conta a história do famoso viajante Marco Polo, que descreve para Kublai Khan as incontáveis cidades do imenso império do conquistador mongol. Neste livro, a cidade deixa de ser um conceito geográfico para se tornar o símbolo complexo e inesgotável da existência humana.

Paula Regina
19/09/2007

Predição do livro de Calvino

Pelo título, o livro nos remete a hitórias e aventuras de um viajante durante o inverno e a viagens inéditas pelo nosso imáginário.

Através da história de Calvino, conhecemos lugares, vivemos romances, e/ou simplesmente entramos em devaneios...

Paula Regina

19/09/2007

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Se um estudante numa noite de verão...

Se um estudante numa noite de verão, encontrá-la sozinha, fuja, pois você corre um sério risco de se envolver; não com ele, mas com os livros que certamente encontrará no interior de sua mochila....
Aurea de Oliveira
12/09/2007

PAULA E AUREA

Paródia: Um visitante num dia de verão

Se você considera que algo inesperado aconteça nessa novela, se é como aqueles que sempre acha que vai se surpreender com o inédito, extraordinário, esqueça! Aqui no verão os dias são quentes, secos e tudo o que desejamos é uma jarra de suco de limão bem geladinho e um banho de piscina altamente refrescante e relaxante, o que nos revigora e faz com que a vida se torne uma delícia!! Afinal que outros lugares teremos tanto prazer em viver????
Paula Regina
12/09/2007

Depoimento de leitura e escrita

Como diz Ariano Suassuna: Estudar é importante, porém, ler é muito mais....
Aurea de Oliveira
12/09/2007

Depoimento de leitura e escrita

Ler para mim é vital, amo ler desde que fui alfabetizada; desde que descobri as histórias infantis contadas pelos meus pais e irmãos mais velhos. Fiquei fascinada pela leitura quando percebi que ela me remetia a mundos novos, distantes e ao mesmo tempo, mágicos...
Paula Regina
12/09/2007

Fórum : A Leitura e a escrita devem merecer atenção de todas a disciplinas?

Sim, todo professor, independente da área em que atua deve dominar a leitura e a escrita para que possa realizar um trabalho de qualidade.
Aurea de Oliveira
12/09/2007

Fórum : A Leitura e a escrita devem merecer atenção de todas a disciplinas?

Sim, pois como educadores todos temos a obrigação de zelar pela competência leitora de nossos alunos, independente da área de atuação.
Paula Regina
12/09/2007

Fórum de Discussão

Foram feitos alguns relatos, onde os colegas fizeram suas colocações reconhecendo a importância de ter habilidades e intimidades com a tecnologia, já que nossos alunos a dominam tão bem.
Aurea de Oliveira
12/09/2007

Relato de experiências da aula anterior

De forma geral o grupo achou difícil o curso, por não terem intimidade com o computador, mas todos estão animados em prosseguir por acharem muito válido este contato com a tecnologia, já que para os nossos alunos ela é tão prazeirosa.
Paula Regina
12/09/2007

Definição de Blog

É uma ferramenta que utilizamos para publicar nossos pensamentos na web instantaneamente, sempre que sentirmos vontade.
Então, blog é uma página na web atualizada constantemente, composta por pequenos parágrafos apresentados de forma cronológica. É como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha de tempo com um fato após o outro. O conteúdo e tema dos blogs abrangem uma infinidade de assuntos que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, idéias, fotografias, enfim, tudo que a imaginação do autor permitir.
Professoras Aurea e Paula
12/09/2007

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

As expectativas são as melhores, pela aula inicial acreditamos que este curso enriquecerá substancialmente o nosso currículo profissional.

PAULA E AUREA

Meu nome é Paula Regina Pereira, tenho 21 anos de magistério, fui professora de Artes, Coordenadora Pedagógica, e atualmente sou Diretora de Escola. Sou de São José do Rio Preto, meu cargo está em Arujá, estou afastada na diretoria de Jales na E.E. José dos Santos na cidade de Aspásia, e resido temporariamente em Santa Fé do Sul.
Meu nome é Aurea de Oliveira, tenho 25 anos de magistério. Durante muitos anos fui professora de Ed. Física, mas a partir do ano 2000 atuo na área de Línguas. Meu cargo é na E.E. José dos Santos na cidade de Aspasia.